Servidor da Funai é baleado em emboscada na Terra Indígena Apyterewa
O local onde a situação ocorreu tem sido palco de vários conflitos devido desintrusão de colonos
Um servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi baleado dentro da Terra Indígena Apyterewa, na última segunda-feira (4). Os servidores e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) sofreram uma emboscada quando estavam no local para realizar uma ação relacionada ao combate de invasões dentro do território. Ninguém ficou gravemente ferido.
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Conforme a PRF, os agentes estariam saindo do local quando tudo ocorreu. Informações da Página Casa Ninja Amazônia dão conta que a emboscada ocorreu em três pontos distintos. As viaturas onde os servidores e os agentes estavam ficaram com diversas marcas de tiros. Além disso, um dos carros da Funai teve os pneus furados.
Segundo nota oficial da Polícia Rodoviária Federal, “os policiais estavam prestando serviços de segurança e apoio à FUNAI, dentro da operação de desintrusão das terras indígenas. Os policiais responderam à injusta agressão e foram exitosos em cessar o ataque. Nenhum policial ficou ferido e um integrante da FUNAI foi alvejado no tornozelo. O servidor foi transferido para um hospital em Marabá/PA e passa bem. A operação é coordenada pela Presidência da República e conta com a participação da PRF, PF e Força Nacional”.
Manifestações
Em nota, a Funai se manifestou demonstrando solidariedade ao servidor baleado na emboscada enquanto “cumpria o seu dever funcional na Operação de Desintrusão da Terra Indígena Apyterewa”, realizada no Estado. Segundo o comunicado, a operação buscava garantir a posse do território pelos indígenas mediante a retiradas de não indígenas que ocupam a área ilegalmente.
“O governo acompanha o trabalho das autoridades responsáveis pela devida investigação e pelo cumprimento da lei para que ocorre justiça. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) está dando todo o apoio para que o servidor se recupere prontamente e tenha sua saúde restabelecida”, afirmou.
Por fim, a entidade reafirmou a sua própria missão, a “de se manter um sistema efetivo e contínuo de proteção das terras indígenas, que garante a segurança dos povos indígenas e dos servidores que lá trabalham, tendo em vista as ameaças constantes que ambos sofrem”. “Cabe ressaltar, ainda, a necessidade de que a Operação de Desintrução seja concluída para que os indígenas tenham, de fato, o seu território de volta”, concluiu.