'Rivalidade extrapolada', diz delegado sobre suposta dopagem em arenas de beach tennis em Belém
Segundo Yuri Vilanova, responsável pelas investigações, as partidas não tinham como premiação nenhum valor em dinheiro ou bens materiais
A reportagem do Grupo Liberal conversou na manhã desta sexta-feira (13) com o delegado da Polícia Civil do Pará Yuri Vilanova, titular da Delegacia do Consumidor, responsável pelo caso do suposto dopagem em arenas de beach tennis em Belém. Uma atleta é investigada sob a suspeita de dopar as adversárias para vencer as partidas. Essas partidas não tinham como premiação nenhum valor em dinheiro ou bens materiais.
Perguntado sobre a possível motivação para a atitude da suspeita, Vilanova explicou que, ao longo das investigações, já foi possível esclarecer que as partidas de beach tennis não envolviam ganhos financeiros nem materiais. Para ele, tal atitude foi motivada por uma “rivalidade extrapolada”.
“Num primeiro momento, estamos trabalhando que a possível motivação do crime se trata apenas da rivalidade entre as pessoas que praticavam o esporte. Nós percebemos que muitas vezes tem pessoas que extrapolam os níveis de rivalidade e acabam ensejando em condutas. Dentre os torneios que foram apurados a prática dessa conduta, em nenhum momento, se verificou benefício em valores ou premiação que pudesse justificar essa conduta. Muitos só ensejavam o título simbólico entre as pessoas que participavam em se tratando de partidas amistosas. Nesse momento, o que podemos confirmar é que não havia premiações e, possivelmente, a motivação se deu a partir da rivalidade entre as pessoas que estavam praticando o esporte”, explicou o delegado Yuri Vilanova.
O policial civil acrescentou ainda que, se todos os fatos forem confirmados ao longo das investigações, a suspeita poderá responder pelo crime de lesão corporal. “Que pode ser desde lesão corporal leve, grave ou gravíssima. Há também a possibilidade de responder por uma tentativa de homicídio num contexto em que a contaminação tenha sido feita para alguém que tenha algum tipo de comorbidade e pudesse vir a óbito a partir dessa contaminação”, acrescentou o delegado.
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