Promotoria militar investiga mais casos de agressões de PMs contra foliões em Cametá
Armando Brasil, promotor de Justiça Militar, disse nesta quinta-feira (23) que vai investigar todos os casos
Mais casos de supostas agressões de policiais militares em Cametá, nordeste paraense, chegaram ao conhecimento do promotor de justiça Militar Armando Brasil nesta quinta-feira (23). Segundo ele, essas novas denúncias relacionadas a "arbitrariedade policial" teriam ocorrido durante o Carnaval na cidade. No mesmo período, o delegado da Polícia Civil do Pará, Dilermano Gomes Tavares, a esposa dele e um investigador, identificado como Agnaldo Aquino, teriam sido agredidos por policiais militares na praça da Justiça, no Centro da cidade. Oito militares, todos do 32º Batalhão, foram afastados de suas funções por envolvimento no caso, ocorrido na última terça-feira (21).
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Armando afirma que todas as ocorrências serão investigadas. Ele também revelou que, alguns policiais envolvidos nos casos de violência, possivelmente seriam de Belém e foram a Cametá para fortalecer o policiamento durante as festas carnavalescas. "Vou convocar o comandante para prestar esclarecimentos na promotoria militar", afirmou Brasil.
Vídeos das violências
Em um dos vídeos encaminhados ao promotor, pessoas desmaiadas aparecem recebendo ajuda, onde parece ser uma escola. O motivo teria sido a utilização de sprays de pimenta pelos policiais. "Ninguém 'tá' bêbado aqui. Foi spray que esse c******* jogaram neles", diz um rapaz ao fundo no vídeo enquanto é registrada a correria na sala de aula para socorrer os foliões.
Outra filmagem, que aconteceu na madrugada do último sábado (18), mostra um estabelecimento de quase três minutos mostra um rapaz sendo agredido pelos agentes de segurança. Na filmagem, a vítima veste camisa branca e um boné roxo. O homem está sentado em cima de freezers, enquanto atrás dele, funcionários do mercado fecham o local.
A PM se aproxima da loja e conversa com os trabalhadores, mas não é possível identificar o que está sendo dito. Depois de um tempo, os policiais puxam a vítima pelo braço, ao mesmo tempo que pessoas próximas pedem calma. O homem chega a ser agredido a golpes de cassetete, às 3h37. Um funcionário sai do estabelecimento para tentar tranquilizar a situação e, depois disso, a filmagem termina.
A redação integrada de O Liberal solicitou mais detalhes sobre os casos à corporação e aguarda retorno.