Procurado pela morte de jovem homossexual, em Santarém, confessa que matou por homofobia
Arisson Sá de Pedroso matou Davi Amaral porque o rapaz "deu em cima" dele; vítima foi encontrada com várias fraturas na cabeça
Arisson Sá Pedroso, 24, confessou ser o autor do assassinato de Davi Amaral, 18, em Santarém. O jovem alegou que a motivação do crime foi homofobia, que é a aversão contra a comunidade LGBTQIA+.
O mandado de prisão temporária foi expedido pelo Juiz da 3ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, Gabriel Veloso, nessa terça-feira (19). Arisson chegou de táxi na Seccional de Polícia Civil, acompanhado da mãe, Maria de Jesus Sá Pedroso, e uma tia.
Segundo a mãe, Arisson decidiu se entregar porque ficou sabendo por meio de um amigo que estava sendo procurado pela polícia e temia por sua integridade física.
Para a imprensa, após o seu depoimento, Arisson disse ficou com raiva da vítima, e que agrediu Davi após receber uma investida amorosa (cantada) do rapaz. Ele não teve chance de defesa.
O caso aconteceu na madrugada do dia 14 de fevereiro, em um bar na avenida São Nicolau, esquina com Rua São Paulo. "Ele (Davi) conversou comigo, disse que estava a fim de mim, mas eu disse que não estava disposto a curtir pessoas assim", justificou.
Logo após a ocorrência feita pela família da vítima, a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios começou as investigações que indicaram como autor do delito Arisson Sá Pedroso, conhecido como "Arinho". Segundo o delegado Dimitri Teles Esmeraldo, Titular da Especializada de Homicídios, não há dúvida da culpa de Arisson Sá, principalmente após a confissão.
"Ele (a vítima) estava me esperando naquele local e eu usei aquele pedaço de madeira, e dei três pancadas na cabeça dele. Tirei a roupa dele porque eu não queria me mostrar lá naquele local, queria esconder a minha imagem. Eu peguei a roupa para usar", declarou Arisson.
Após os procedimentos na Seccional Urbana de Santarém, Arrisson será encaminhado para Central de Triagem do Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), onde cumprirá o mandado de prisão temporária. Em seguida, o delegado Dimitri deve pedir a conversão da prisão de Arrisson, em preventiva.
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