Preso companheiro de mulher encontrada carbonizada em Tucumã
O homem possuía um mandado de prisão em aberto por estupro de vulnerável, crime que não tem a ver com a morte de sua companheira
Durante as investigações que envolvem a morte de Neyrimone Castro de Souza, registrada na segunda-feira (22), na zona rural de Tucumã, no sudeste do Pará, a polícia identificou um mandado de prisão em aberto contra o companheiro dela. A determinação judicial era referente a um crime de estupro de vulnerável, ocorrido em Tomé-Açu, nordeste paraense, e sobre o qual não há maiores detalhes em relação à vítima. O mandado foi cumprido no momento em que o investigado foi à delegacia prestar depoimento sobre a morte de Neyrimone, segundo a polícia.
“A Polícia Civil informa que o companheiro da vítima compareceu à delegacia para prestar depoimento sobre o caso. Foi identificado que contra ele havia um mandado de prisão preventiva pelo crime de estupro expedido pela Justiça de Tomé-Açu. O mandado foi cumprido e o homem está à disposição da Justiça. A morte de Neyrimone de Castro de Souza segue em apuração por meio da delegacia de Tucumã”, informou a Polícia Civil.
A morte de Neyrimone permanece um mistério para a polícia. A mulher foi encontrada morta, seminua e com o corpo carbonizado. Neyrimone teria uma relação conturbada com o companheiro, com quem teve uma briga na tarde de domingo (21). Após isso, a mulher teria saído pilotando uma motocicleta em direção a um bar de Tucumã.
O que chama atenção da polícia é que, até o momento, o veículo e outros pertences pessoais da mulher não foram encontrados. Em entrevista à imprensa local, familiares de Neyrimone não descartaram a possibilidade de um suicídio, uma vez que ela teria problemas com o alcoolismo e sofria de depressão, segundo a família. Apesar da suspeita da família, a informação não foi confirmada por nenhuma fonte oficial.
Neyrimone foi encontrada por volta das 9h de segunda-feira (22), perto de uma fazenda na vicinal P-2, em Tucumã. Moradores da área perceberam o corpo e acionaram a polícia. O cadáver da mulher não passou pela perícia devido à distância entre Tucumã e Marabá, onde fica a sede mais próxima do Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, e também devido a questões financeiras da família.