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Policiamento é reforçado em Anapu após assassinato de líder de assentamento

Agentes das Polícias Militar e Civil seguem em diligências na região para identificar e responsabilizar os autores do crime

O Liberal

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) anunciou nesta segunda-feira (21) o envio de equipes especializadas da Polícia Civil para o município de Anapu, no sudoeste do estado, com o objetivo de reforçar o policiamento e agilizar as investigações sobre o assassinato do agricultor e líder do assentamento Virola-Jatobá Ronilson de Jesus Santos, ocorrido na última sexta-feira (18). A vítima foi encontrada morta no quintal da casa onde morava.

Em nota, a Segup afirmou que “agentes das Polícias Militar e Civil seguem em diligências na região para identificar e responsabilizar os autores do crime”. A Secretaria também informou que Ronilson “não integrava o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH)” e que “não havia nenhum pedido e solicitação para essa inclusão”. A Polícia Civil investiga o caso, sob sigilo, por meio da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Altamira.

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Ronilson era presidente da associação do manejo do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Virola-Jatobá, localizado na Comunidade Vale do Pacuru. A região é marcada por históricos conflitos fundiários e foi a mesma onde, em 2005, a missionária Dorothy Stang foi morta a tiros por denunciar grileiros e madeireiros ilegais.

O líder agrícola vinha sendo uma das principais vozes contra invasões armadas no PDS Virola-Jatobá e havia gravado, quatro dias antes de sua morte, um vídeo denunciando a presença de fazendeiros e pistoleiros na área. “Os fazendeiros estão ali construindo barraco, tirando estaca, fazendo tudo, fazendeiro com pistoleiro dentro da área. Isso não pode acontecer”, alertava.

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