PM e agente penal são condenados a 26 anos de prisão pela morte de pedreiro em Belém
O caso ocorreu no dia 7 de maio de 2016, no meio da Rua 20 A, localizada no conjunto Providência, bairro Maracangalha
O sargento da Polícia Militar (PM) José Cláudio Brandão Souza e o agente penal Klebson Amintas Pureza foram condenados a 26 anos de reclusão nesta quarta-feira (23) pela a morte do pedreiro Antônio Carlos da Silva, conhecido como “Toninho”. Na sentença, o juiz determinou a perda do cargo do policial militar. As penas da dupla foram totalizadas pelos crimes de homicídio qualificado e crime conexo.
O caso ocorreu no dia 7 de maio de 2016, no meio da Rua 20 A, localizada no conjunto Providência, bairro de Maracangalha, em Belém. Três pessoas desceram de um carro prata e executaram a vítima a tiros. O terceiro acusado, identificado como Danilo e conhecido pelo apelido de “Anginho” morreu e, por conta disso, teve a punibilidade extinta. Não foi informada causa da morte de Anginho.
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A primeira testemunha a ser ouvida pelo júri popular foi a mãe da vítima, que acusou Cláudio de participação no caso. A segunda pessoa a prestar depoimento foi Anne Cristhynni e disse que presenciou o PM ameaçar Toninho. A irmã da vítima, que não teve o nome divulgado, reconheceu Cláudio como um dos executores do crime.
A defesa dos réus foi composta pelo defensor público Alex Noronha e de Klebson foram os advogados os advogados Josiel da Silva Carneiro, Mauro César de Lima, e a advogada Ivanilda Barbosa Pontes.
No decorrer do julgamento, após o depoimento das quatro testemunhas de acusação, passou a ser realizado as oitavas das testemunhas da defesa, totalizando oito pessoas. O álibi de Klebson era de que no dia 07 de maio, há seis anos atrás, estava fazendo uma festa antecipada do próprio aniversário.
Por outro lado, José alegou que estava em casa dormindo e teria feito diversas abordagens na vítima, por supostos furtos cometidos por Antônio na esquina da residência do policial. O PM também falou que chegou a deter o pedreiro uma ou duas vezes, mas não o matou.
"Não tenho dúvidas que ambos são autores dos crimes de homicídio qualificado (motivo torto e recurso que dificultou a defesa da vítima) e também autores do crime de formação de organização criminosa", sustentou o promotor do júri Samir Dahás Jorge.
A acusação afirmou que dupla matava jovens pela periferia da capital paraense. Os projéteis encontrados na cena do crime teriam sido compatíveis com o armamento encontrado com o grupo. A polícia chegou ao grupo após a morte do Danilo. O aparelho celular de Anjinho tinha sido grampeado e assim ligaram o policial militar e o agente penal ao caso.
No celular de Klebson, a polícia identificou um grupo nas redes sociais chamado de “Anjos da City” e seria formado por policiais, guardas municipais e agentes penitenciários.
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) citou outra vítima identificada pelo prenome de Alessandro, que supostamente teria sido morta pelo grupo, também por conta dos projéteis coincidirem com as armas do trio.
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