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Policiais fazem apreensões, prisão e matam um suspeito de assalto a banco

Ao todo, três suspeitos do assalto ao Bradesco de Rio Maria já foram presos

Victor Furtado, com informações da Polícia Civil

As Polícias Civil e Militar apreenderam vários explosivos, munições, coletes balísticos e três fuzis, na região de Redenção, sudeste do Pará. Na operação, que tinha como objetivo capturar os envolvidos num assalto a banco em Rio Maria, ocorrido na última segunda-feira (18), prenderam um suspeito, Lucas Otávio Benjamim de Souza. Outro suspeito, Adriano Viana Guimarães, morreu, em confronto com os policiais.

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O material apreendido foi usado no assalto a uma agência do Bradesco em Rio Maria. Dois dos suspeitos de envolvimento foram presos no último dia 21. Os agentes de segurança já estão em campo para tentar prender os demais criminosos. No dia do crime, os bandidos fizeram reféns e atacaram a delegacia e o quartel da PM da cidade. O estilo é conhecido como "novo cangaço" ou "vapor".

As apreensões, prisão e o confronto ocorreram na noite desta sexta-feira (22). O material, que mais parecia equipamento de guerra, estava num imóvel que dá para os fundos de uma cerâmica, a quatro quilômetros de Redenção, no sentido de Santana do Araguaia. As informações só foram divulgadas pela Polícia Civil na tarde deste sábado (23).

Os dois membros do bando presos anteriormente foram identificados como Anderson Ramires Souza Bastos e Talyson Michael do Nascimento Pereira. A captura deles foi na cidade de Paraíso do Tocantins (TO). O bando que fez o novo cangaço em Rio Maria tinha de 10 a 15 membros. Ao todo, três suspeitos estão presos e um está morto.

 

Perseguição e confronto na estrada

Pouco antes da chegada dos policiais, quatro pessoas fugiram do imóvel para um matagal próximo. Os policiais se dividiram em várias equipes para fechar as estradas próximas - e fazer o monitoramento de veículos suspeitos - e montar um perímetro em pontos de fuga da mata.

Por volta de 23 horas, os policiais perceberam a aproximação de um carro modelo Cobalt, de cor prata. Seguia a rodovia no sentido de Redenção para Santana do Araguaia. Os policiais civis se posicionaram para efetuar a abordagem. O condutor do veículo reduziu a velocidade dando a entender que iria parar o carro. 

No momento em que o carro se aproximou dos policiais, um dos ocupantes do veículo fez um disparo de arma de fogo em direção à equipe. Em seguida, o carro saiu em alta velocidade. Os policiais civis embarcaram nas viaturas e iniciaram a perseguição ao carro, que estava rumo a uma rua que dá acesso ao Setor Campos Altos, em Redenção. 

Durante a perseguição, houve mais disparos contra os policiais, que revidaram atirando em direção ao carro. Houve ordens para parar o veículo, mas ignoradas. O carro parou metros adiante, em uma avenida, após subir o canteiro central.

Lucas era o passageiro do veículo e se entregou na hora. O motorista era Adriano, que saiu do veículo e se deitou no chão. Adriano estava ferido após a troca de tiros. Ele foi socorrido para o Hospital Regional da cidade de Redenção. Morreu durante o antedimento.

 

Depoimento de preso leva a pista de outro membro do bando

Em depoimento, Lucas revelou que ele e Adriano foram ao local para buscar uma pessoa, cujo nome afirma desconhecer. Quem solicitou esse transporte  um homem identificado como Rodrigo Costa da Umgria, de apelido “Neguinho Metralha”. Ele é um dos integrante do grupo que assaltou o banco em Rio Maria.

Rodrigo Costa já possui mandados de prisão preventiva por envolvimento em outros roubos a banco, na modalidade "novo cangaço", e pela autoria de homicídios.

Na revista feita no carro, os policiais apreenderam um revólver de calibre 38, com três munições intactas e outras três munições já deflagradas. Lucas Otávio vai responder por tentativa de homicídio contra os policiais civis e associação criminosa. As investigações continuam na região para prender outros integrantes do bando.

Para uma operação desse porte, participaram policiais civis da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos (DRRB), vinculada à DRCO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado); do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Redenção; da Superintendência Regional de Redenção; além de policiais militares da Companhia de Operações Especiais (COE) e do 7º Batalhão da PM.

Polícia