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Preso suspeito de matar paraense a facadas em Curitiba; ele usou sabão em pó para encobrir crime

Em depoimento à Polícia Civil do Paraná, o homem confessou o crime, mas não forneceu detalhes sobre a motivação

O Liberal

Um homem de 33 anos, natural de Santa Catarina, foi preso na última segunda-feira (9), em Curitiba, suspeito de matar a paraense Drielle Alice Teixeira Cezar da Cruz, de 27 anos. O crime, tratado como feminicídio, ocorreu no dia 6 de julho, no bairro Alto, dentro da quitinete onde a vítima morava. De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o suspeito atacou Drielle com golpes de faca e, antes de fugir, jogou sabão em pó sobre o corpo dela. A vítima foi encontrada apenas em 19 de julho, cerca de duas semanas após o assassinato.

A polícia chegou ao suspeito por meio das impressões digitais deixadas na caixa de sabão em pó, encontrada no local do crime. Imagens de câmeras de segurança da região também ajudaram a identificar o homem, que foi visto entrando e saindo do imóvel da vítima. Após cometer o crime, o suspeito fugiu, mas foi localizado e preso pela polícia após retornar a Curitiba.

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A delegada Magda Hofstaetter, responsável pelo inquérito policial do caso, explicou que o uso do sabão em pó teve a intenção de limpar vestígios do crime. “Ele alegou que queria limpar o local e em razão do cheiro muito forte de sangue que havia ficado”, afirmou Hofstaetter.

As imagens das câmeras de segurança também foram essenciais para o andamento das investigações. “A equipe analisou as imagens e percebeu que o suspeito foi a última pessoa a entrar e sair da quitinete da senhora Drielle e não mais retornar. Então, teria sido a última pessoa que a viu com vida”, detalhou a delegada.

Além das imagens, a descoberta das impressões digitais no sabão em pó foi um ponto-chave para a identificação do suspeito. “Como so​bre o corpo da Drielle havia sido jogado sabão em pó, no dia que foi feita a perícia, o perito coletou uma caixa de sabão em pó e nessa caixa tinha uma impressão digital, o que nos levou a identificação do suspeito”, explicou Hofstaetter.

A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito e teve o pedido atendido pelo Poder Judiciário. O homem foi localizado e preso com o apoio do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) da Polícia Civil do Paraná. “Ele retornou para a cidade de Curitiba e foi preso em um bairro da capital na última segunda-feira”, relatou a delegada.

Em depoimento, o homem confessou o crime, mas não forneceu detalhes sobre as motivações. Ele afirmou que Drielle teria o atacado primeiro, mas as evidências mostram que ele foi o agressor inicial. “Ele relatou inicialmente que ela havia partido para cima dele, mas, em razão das múltiplas lesões que ela apresentava e da forma como foi deixada, isso não restou comprovado. Mostra, na verdade, que quem agiu inicialmente foi ele, e com muito ódio”, afirmou a delegada, acrescentando que o homem não forneceu maiores detalhes sobre o que aconteceu no interior da quitinete da vítima.

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