Polícia investiga suposto 'golpe do cheiro' em carro de aplicativo em Belém; entenda
Crime que ficou conhecido no ano passado, depois da repercussão de alguns casos pelo país. Mulher registrou ocorrência na Seccional da Pedreira
Uma mulher, que não teve a identidade divulgada, registrou uma ocorrência na última segunda-feira, 10, na Seccional da Pedreira, em Belém. Ela acredita que foi vítima de tentativa do chamado 'golpe do cheiro', durante uma corrida em um carro de aplicativo na capital paraense. A Polícia Civil diz que o caso é investigado e que diligências são realizadas para coletar mais informações sobre o ocorrido.
O 'golpe do cheiro' é como ficou conhecida a prática de exalar substâncias entorpecentes durante o transporte de passageiras, geralmente por meio do ar-condicionado do veículo, com o objetivo de 'dopar' as vítimas. Alguns casos ficaram conhecidos no ano passado, principalmente em outras regiões do país, como nordeste e sudeste.
VEJA MAIS
No caso de Belém, a passageira diz que percebeu um comportamento estranho no motorista, que aparentava estar nervoso e, depois, começou a sentir um cheiro diferente no carro, logo após o motorista ter ligado o ar-condicionado. A mulher, então, pediu para que o homem parasse o veículo, mas ele não parou. Ainda assim, em determinado momento, ela conseguiu fugir do carro.
Do lado de fora, ela foi até a Seccional do bairro da Pedreira para registrar ocorrência.
Casos de 'golpe do cheiro' no Brasil
No dia 4 de fevereiro deste ano, uma mulher de 25 anos registrou boletim de ocorrência em Maceió relatando ter sido vítima do 'golpe do cheiro'. Segundo o site TNH1, que publicou a história, a jovem conseguiu escapar a tempo. Ela chamou um carro de aplicativo para ir ao shopping. Desde o começo da corrida, o motorista começou a seguir uma rota estranha. Em determinado momento, a mulher começou a sentir um cheiro que causava mal-estar na cabeça, sensação de ardência no nariz, formigamento e incômodo na garganta.
"Aí me desesperei, mas não deixei ele perceber. Então simulei uma ligação e pedi que ele parasse o carro que eu precisava descer. Ele não falou nada, simplesmente parou o carro, graças a Deus", explicou a vítima.
Outro caso aconteceu em São Paulo, em maio do ano passado. Outra jovem, esta de 21 anos, denunciou o motorista de aplicativo por tentar dopá-la depois de ela começar a ficar tonta durante uma corrida. Ela diz que o motorista perguntava com frequência se ela estava sentindo algum cheiro estranho. Assustada, a jovem escapou do veículo antes de perder a consciência. Ela registrou um boletim de ocorrência eletrônico.
Outros casos semelhantes já foram registrados no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, segundo reportagem do site Garagem 360.