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Polícia Federal do Pará desarticula extração ilegal de ouro em terra indígena

Operação Bezerro de Ouro tem mandados cumpridos em Novo Progresso e Itaituba. A extração ilegal ocorria na TI Munduruku

Victor Furtado
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A Polícia Federal identificou uma organização criminosa que extrai, ilegalmente, minério de ouro da Terra Indígena Munduruku. Esse grupo pertence a uma mesma família, conhecida por essa atividade, e conta com a participação de alguns indígenas que são pró-garimpo. Seis mandados de busca e apreensão e sequestro de bens foram cumpridos nos municípios de Itaituba — mais especificamente no distrito de Moraes Almeida — e Novo Progresso.

"Além do combate à extração mineral ilegal, ao desarticular a atuação desse grupo, a PF visa conter ou diminuir a invasão na Terra Indígena Munduruku, que em tempos de pandemia, aumenta a exposição de tal população ao risco de contaminação pelo novo coronavírus", informou ba PF, em nota. Foram mobilizados mais de 30 policiais federais, das delegacias de Santarém, Altamira e da Superintendência do Pará em Belém.

As pessoas envolvidas no grupo devem responder pelos crimes de associação criminosa; exploração sem autorização de matéria-prima pertencente à União; e outros crimes que venham a ser descobertos ao longo da investigação. A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de bens de tais pessoas no valor de quase R$ 7.868.451,00, considerando os danos ambientais já constatados no caso.

Essa operação foi batizada de "Bezerro de Ouro"., A expressão tem origem bíblica, cuja interpretação em linguagem contemporânea é sinônimo da adoração de um falso ídolo, uma referência a idolatria ao dinheiro, ou ouro, por exemplo.

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