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Polícia desarticula associação criminosa que criou cursos universitários falsos no Pará

O grupo de estelionatários criava polos falsos de ensino a distância, utilizando a logo de uma faculdade privada. Líder do esquema foi detido em Curralinho

O Liberal

Na sexta-feira (21), a Polícia Civil do Pará conduziu a operação "Last Prom", ação promovida com o objetivo de desarticular uma associação criminosa responsável pela criação de polos falsos de educação a distância, utilizando a identidade visual da Universidade Paulista – UNIP e atuando de forma ilegal. Durante a operação, o líder do esquema foi detido em flagrante em Curralinho, portando documentos falsos.

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O grupo de estelionatários atraiu centenas de alunos ao longo dos anos, emitindo certificados falsos ao final dos cursos oferecidos, que incluíam graduação e pós-graduação em áreas como Pedagogia e História. Estima-se que aproximadamente 60 cursos de pós-graduação eram ofertados. A investigação revelou ainda que muitas vítimas estão exercendo profissões de forma ilegal na região do Marajó.

Walter Resende, Delegado-Geral da Polícia Civil, falou sobre a importância do esforço conjunto para combater esse tipo de fraude e alertar a população. "É importante o reforço empregado pela PC do Pará para coibir e combater, bem como sempre alertar a população para esse tipo de golpe. Reforçamos o nosso compromisso e continuaremos na linha de frente em todas as regiões do Estado”, disse o titular da PC.

A operação envolveu equipes de Oeiras do Pará e da Superintendência do Baixo Tocantins - Abaetetuba, que identificaram cinco polos ilegais em Oeiras do Pará e Curralinho, com a possibilidade de existência de outras unidades fraudulentas em áreas remotas.

A Prisão

Após vigilância durante a madrugada, o suspeito foi abordado em Curralinho, onde foram encontrados certificados falsos, documentos da UNIP, equipamentos eletrônicos e outros itens. Simultaneamente, a equipe de Abaetetuba cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do suspeito em Belém, resultando na apreensão de mais documentos e equipamentos. Os demais mandados foram cumpridos em seguida.

Muitos alunos lesados se apresentaram para depor ao descobrirem o golpe, que afeta mais de mil vítimas, muitas delas agora empregadas ilegalmente com diplomas falsos. O delegado Mohab Khayan Lima estima que o esquema tenha gerado um prejuízo total de aproximadamente R$ 12 milhões aos envolvidos.

A PCPA informou que o mandante do esquema criminoso teve prisão em flagrante decretada e será encaminhado ao presídio para responder judicialmente. Qualquer informação adicional que possa colaborar com as investigações pode ser repassada anonimamente ao Disque-Denúncia (181) ou através do WhatsApp (91) 98115-9181, com a atendente virtual Iara.

Procurada pela reportagem, a Universidade Paulista (UNIP) informou que os polos objetos da operação policial não pertencem à universidade. "Os polos da UNIP são todos cadastrados no sistema E-MEC e no site da instituição para consulta pública. A UNIP está averiguando a situação e tomará as devidas providências legais, seguindo à disposição da autoridade policial para contribuir no que for necessário", destaca.

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