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Polícia Civil e Semas fazem operação contra crimes ambientais em Uruará e Mojuí dos Campos

Foram comprovados crimes de desmatamento e comercialização irregular de terras. Motosserras foram apreendidas e multas aplicadas

Victor Furtado

A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) deflagraram uma operação, nesta quinta-feira (11), para investigar crimes ambientais. Após um trabalho de inteligência prévio, foi possível comprovar crimes em duas áreas, que juntas somam 420 hectares de desmatamento. Foram apreendidas motosserras e flagradas negociações irregulares de terras. As investigações se deram nos municípios de Uruará e Mojuí dos Campos, na região sudoeste do Pará.

As investigações levaram os policiais e técnicos da Semas a áreas de desmatamento, previamente georreferenciadas, ao longo da rodovia Transuruará. E também uma vicinal, no sentido Uruará - Mojuí dos Campos. Após percorrerem 96 quilômetros, as equipes da operação "Força Estadual de Combate ao Desmatamento e Queimadas" encontraram o primeiro ponto de crimes ambientais contra uma área de floresta nativa.

No local, encontraram algumas pessoas que se identificaram como proprietárias da terra. Usavam motosserras e já tinham desmatados 20 hectares de agosto do ano passado até agora. A área total é de 100 hectares, que um dos homens afirmou ter adquirido por R$ 40 mil, para plantio, de milho, banana, cacau e criação de gado. Só que ele não apresentou sequer um recibo de compra e venda porque nunca teria recebido.

O homem que se identificou como proprietário e comprador das terras foi encaminhado à Delegacia de Uruará e autuado pelos crimes de danificar florestas (art. 50) e uso de motosserras (art. 51), da lei federal 9.605/1998. As motosserras foram apreendidas. O suposto dono da propriedade foi multado pela Semas.

Após mais 30 km em diligência, a força-tarefa encontrou mais outras áreas devastadas que somaram 400 hectares de crimes contra a fauna e a flora. Eram dois imóveis rurais. Na área, outra motosserra foi apreendida. Porém, não se sabe quem era o proprietário. A Semas vai dar seguimento às autuações de acordo com os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das terras. Esses procedimentos vão sustentar novas investigações da Polícia Civil.

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