Polícia aponta erro no embarque de cão Joca, morto em avião ao ser enviado por engano para Fortaleza
O Cachorro ‘Joca’ deveria ir de São Paulo até o Mato Grosso, e foi enviado por engano para o Ceará. Ao retornar para Guarulhos, ele foi encontrado morto na aeronave.
A investigação sobre o caso do cachorro ‘Joca’, o golden retriever encontrado morto após ser enviado por engano em um voo para o estado do Ceará, foi concluída e aponta que ocorreu um erro na conferência do embarque do cão. A Polícia Civil de Guarulhos, em São Paulo, diz que o cão estava em uma caixa de transportes lacrada, uma falha do serviço de transporte de animais da empresa aérea Gol.
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O trajeto de avião, que duraria até 2h30, durou cerca de 8 horas. Joca embarcou em 22 de abril no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e deveria ir para Sinop (MT), para a casa do tutor João Fantazzini Júnior. No entanto, foi enviado para Fortaleza (CE) e depois mandado de volta a SP. O golden chegou vivo a Fortaleza, no Ceará, e foi despachado de volta a Guarulhos, onde a morte foi constatada.
Segundo o supervisor operacional de logística da empresa área, os aviões para Sinop e Fortaleza estavam próximos e dois funcionários colocaram a caixa de Joca na posição para embarque da aeronave que iria para Fortaleza. Por isso, o cachorro embarcou no voo errado.
Investigação
A polícia ouviu 12 pessoas nas investigações, inclusive o tutor e funcionários da companhia. No boletim de ocorrência consta que o tutor contratou o serviço da empresa para para fazer o transporte do animal entre as cidades e estava presente quando ocorreu a lacração da caixa de transporte no aeroporto de Guarulhos. Ele também viu vídeos de Joca ainda vivo em Fortaleza.
O coordenador operacional da empresa disse à polícia que tomou conhecimento do extravio do animal e afirmou que um agente de cargas e outro funcionário do setor de gerenciamento de riscos conduziram o cão até outro colaborador responsável pelo embarque do animal na aeronave. Já o supervisor de operações de cargas da Gol alegou que assim que o erro foi percebido, com o animal já em Fortaleza, foi montada uma equipe para o acompanhamento do caso.
Outro supervisor responsável pelo embarque do animal na aeronave assumiu o erro de conferência de carga e afirmou que, por conta disso, fez todo o acompanhamento do retorno do animal. Outro agente de cargas de pista da empresa afirmou que, companhia de outro colega, fez o transporte do animal até o local de embarque da aeronave errada em Guarulhos. Outros dois funcionários afirmaram que o cão já estava morto assim que retornou ao estado de São Paulo.
Laudo da morte
Conforme o laudo oficial feito a pedido da Polícia Civil, houve choque cardiogênico e alterações cardíacas em Joca. O choque cardiogênico pode ter causado a hipertermia (elevação da temperatura corporal) e, como consequência, houve a parada cardiorrespiratória.