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Polícia quer retrato falado de casal suspeito de raptar menina dentro de escola no Guamá

Investigadores estão atrás dos suspeitos. Direção da escola será chamada para prestar esclarecimentos

Cleide Magalhães e Byanca Arruda

A Polícia Civil está à procura do casal que é suspeito pelo rapto de uma menina de 9 anos, ocorrido ao final da tarde desta segunda-feira (1), de dentro das dependências de uma escola pública localizada no bairro do Guamá. Na manhã de hoje a família da estudante foi à Seccional do Guamá para prestar depoimentos e registrar ocorrido. O fato aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental 15 de Outubro, que fica instalada na avenida José Bonifácio.

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Segundo já adiantou a Polícia Civil, a mulher que raptou a criança era negra, tinha manchas no rosto, usava os cabelos com várias tranças (ao estilo dreadlock) e tinha uma mecha branca. Um retrato falado está sendo produzido para ajudar as buscas, confirmou esta tarde a Polícia Civil, sem informar ainda quando ele estará disponível.

DEPOIMENTOS  

Sentindo-se mais calmas, somente na manhã desta terça-feira (2), a avó Maria Cristina Souza, 46 anos e a filha, Jéssica Cristina dos Santos, mãe da menina, conseguiram comparecer à Seccional do Guamá. A diretora da seccional, delegada Rosalina Arraes, confirmou que a Polícia Civil iniciou a investigação do caso - e já sabe as características do casal que raptou a criança.

“Os policiais estão investigando e vamos ver se a encontramos. Ainda não sabemos o que essa mulher pretendia fazer com a criança. Mas coisa boa não era. Ainda bem que não conseguiu”, afirmou a delegada.

ORIENTAÇÃO

A diretora da Seccional do Guamá confirmou que também chamará a direção da escola 15 de Outubro para que dê esclarecimentos sobre o acesso de pessoas estranhas ao espaço. “A mulher estava sozinha. A criança disse que já tinha visto a mulher do lado de fora da escola. Acredito que a escola não tem controle nenhum de quem entra e sai de lá", alerta a delegada.

"Estamos chamando a direção da escola para tomar providência e prestar esclarecimento sobre esse acesso de pessoas de fora na instituição. Vamos ouvir todo mundo e chegar a uma conclusão”, esclareceu Rosalina Arraes.

A delegada chamou atenção para o fato de que a criança disse que a mulher tinha uma foto de uma coleguinha dela da mesma escola. “Então, queremos alertar também os pais para orientar as crianças para que elas não acompanhem nenhum estranho, não sair da escola com estranho, só com a família”, frisou.

"TEMPO CERTO"

A reportagem procurou Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para comentar o episódio e pediu esclarecimentos sobre as orientações da Seduc para ações de controle e segurança nas escolas públicas do Estado.

A Seduc limitou-se a dizer que a Companhia de Policiamento Escolar "agiu no tempo certo" e que a escola "foi orientada a rever o processo de chegada e saída dos alunos".

Apesar da a Companhia de Policiamento Escolar da Polícia Militar ter feito rondas à procura da menina desaparecida, logo depois da família ter feito a denúncia do rapto, ainda no final da tarde de ontem, a menina de 9 anos só foi encontrada pela própria família, já por volta das 20h30, na Praça Amazonas, acompanhada pelos raptores.

Ela foi achada pela própria avó, que estava à procura da criança e tomou vários coletivos, por toda Belém. A senhora disse que avistou o casal com a menina, pela janela do coletivo, quando passava pelo perímetro. Ao descer do ônibus e correr em direção à neta, o casal suspeito teria fugido em um carro preto, relatou a família.  

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