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PM que matou adolescente na Terra Firme é absolvido ao alegar 'falsa percepção da realidade'

Jurados acataram a tese de legítima defesa putativa, quando a situação de perigo somente na imaginação daquele que supõe estar se defendendo

Redação Integrada de O Liberal
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Bruno Daciel Cunha da Silva, cabo da Polícia Militar do Pará de 34 anos, foi absolvido na tarde desta quinta-feira (30) da acusação de ter matado o estudante Felipe Gabriel Santiago Monteiro, de 17 anos, em fevereiro de 2015. O jovem estava sentado na porta de sua casa quando foi baleado e não resistiu aos ferimentos, feitos por projéteis deflagrados pela arma de serviço do militar. 

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), em interrogatório, o militar confessou o crime e alegou ter tido "falsa percepção da realidade", ao passar de carro pela rua Cipriano Santos, bairro da Terra Firme, e dizer ter visto um ex-agente penitenciário correr de arma em punho atrás de um suposto ladrão. Segundo Bruno, ele decidiu no momento descer do carro e dar ordem a pessoa que corria armada, que continuou a correr. 

Em seguida, o militar deflagrou os projéteis, e dois deles acertaram o estudante. Felipe foi morto com dois disparos. 

O júri, que foi presidido pelo juiz Raimundo Alves Flexa e contou com o promotor Samir Dahás Jorge e advogado de defesa Paulo Bonna começou na manhã e terminou pouco depois das 14h. Ao final, o policial militar foi absolvido pelos jurados, que acolheram tese defensiva de legítima defesa putativa, ou seja, a reação promovida contra uma agressão imaginária, justificando um eventual erro de ação por parte do autor dos disparos. 
 

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