PM acusado de matar homem que o viu recebendo sexo oral é julgado em Santarém
O policial militar Elielson de Sousa Castro será julgado nesta terça-feira pelo Tribunal do Júri em Santarém.
O policial militar Elielson de Sousa Castro, acusado do crime de homicídio qualificado, que é quando o criminoso dificulta a defesa da vítima, será julgado nesta terça-feira pelo Tribunal do Júri em Santarém. Ele é acusado de matar Ander Cleverton Soares da Cunha à queima roupa no ano de 2013. A vítima era usuária de droga e estava fazendo uso do entorpecente quando viu o militar recebendo sexo oral de uma mulher. Ander se aproximou para observar a cena e, em seguida, foi baleado.
Conforme informações dos autos do processo, o policial militar teria matado Ander Cleverton, conhecido como “Pezão”, com um tiro de pistola calibre .40. O homicídio aconteceu na madrugada do dia 14 de dezembro de 2013, por volta das 3 horas, na rua Caritás, esquina com a rua Mogno, próximo ao campinho de futebol da Cosanpa, no bairro do Maracanã. O falecido estava acompanhado de um amigo, identificado como José Marcelo. Ambos estavam fazendo uso de drogas.
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No local, José e a vítima usavam petecas de cocaína e, na sequência, os dois saíram para comprar mais drogas em uma boca de fumo, localizada no bairro do Santarenzinho. Ao retornarem para o local do crime, encontraram um casal embaixo de uma mangueira praticando sexo oral, conforme informações descritas no processo.
O relato detalha que os dois se aproximaram do casal para olhar, quando o policial militar sacou arma e deu um aviso. “Sai daqui, que é polícia”. A vítima teria rebatido dizendo que queria ver se era algum conhecido, momento em que o denunciado efetuou um disparo no peito da vítima.
O barulho do tiro chamou atenção de populares e o policial militar teria informado para os presentes que já havia chamado a ambulância, depois, evadindo-se do local em uma motocicleta.
A vítima foi socorrida pelo SAMU, mas veio a falecer no Hospital Municipal de Santarém.
Em depoimento, o acusado relatou que estava no local, pois teria dado uma “carona” a uma moça, que residia no bairro onde ocorreu o crime. No depoimento do acusado, ele conta que estava conversando com a referida moça, e que teria sido abordado por dois rapazes, momento em que avisou que era policial militar, tendo um dos homens levantado a mão, realizando um gesto de que sacaria uma arma, ocasião que o denunciado disparou contra a vítima.