PF retira madeireiros, pecuaristas e grileiros de Terra Indígena Trincheira Bacajá, no Pará
Agora, operação busca encontrar o gado deixado por pecuaristas no território
Madeireiros, pecuaristas e grileiros que ocupavam a Terra Indígena Trincheira Bacajá, no sudoeste paraense, foram retirados do local pela Polícia Federal (PF), durante uma operação de desintrusão realizada, no último dia 24 de julho, na região do município de São Félix do Xingu. A ação só foi divulgada na manhã desta quinta-feira (11).
A ação contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará).
Segundo a PF, na primeira fase da operação, os acessos à Terra Indígena foram fechados, e os ocupantes que insistiam em permanecer em seu interior foram identificados e retirados da área. Bens e construções deixados foram destruídos ou desmobilizados.
Na segunda fase, iniciada dia 8 deste mês, a Polícia Federal e a Adepará passaram a localizar e retirar bois e vacas da Terra Indígena. Esta etapa deve demorar dias, uma vez que os animais estão espalhados pelo terreno. Agora, a PF e a Adepará buscam o gado deixado por pecuaristas no território.
Após o encerramento dessa fase da operação, a Polícia Federal vai novamente destruir as pontes de acesso ao território. Outra ação semelhante já havia sido realizada pela PF em novembro de 2021, ocasião em que todos os acessos à referida Terra Indígena foram destruídos.
Porém, em poucos meses, os invasores reconstruíram as pontes e reocuparam as áreas, provocando desmatamentos e formando pastos para criação de gado. Por conta disso, a Força Nacional permanecerá ocupando e fiscalizando os ramais de acesso, a fim de evitar novas invasões
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