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PF desmonta esquema internacional de contrabando de cigarro no Pará e Maranhão

A ação da Polícia Federal resultou na prisão de quatro pessoas investigadas por transportarem cargas proibidas de cigarros que vinham do exterior por meio de rotas ilícitas que passavam por Abaetetuba

O Liberal

Suspeitos de integrarem uma organização criminosa envolvida em um esquema internacional de contrabando de cigarro foram presos no Pará e Maranhão, em uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Receita Federal. Os mandados de prisão foram cumpridos na terça-feira (11/06), durante a Operação ‘Maré Segura’, que investiga o transporte das cargas proibidas que eram trazidas do exterior por meio de uma sofisticada rede logística, passando pelo município de Abaetetuba, no nordeste paraense. 


Conforme a PF, até o momento quatro suspeitos foram presos. O objetivo é combater o crime de contrabando e lavagem de dinheiro. Também foi determinado o sequestro de mais de 50 milhões em contas bancárias bloqueadas dos investigados. A Justiça ainda determinou a suspensão das atividades comerciais de 10 empresas que eram utilizadas para mascarar as operações financeiras ilegais da organização. Foram apreendidos carros, dinheiro, embarcações, documentos e aparelhos eletrônicos, em quantidade ainda não contabilizada.

Esquema criminoso

As investigações revelaram que as cargas de cigarros vinham de três principais regiões: Paraguai, Estados Unidos e Leste Europeu. Os produtos eletrônicos contrafeitos, ou seja, “piratas”, vinham da China. Para os cigarros do Paraguai, a rota incluía exportações via portos do Uruguai até o Suriname, e daí para o Brasil. Já os cigarros oriundos dos EUA e da Europa passavam por países do Caribe, como Barbados, Trinidad e Tobago, Antígua e Barbuda e Granada, antes de chegarem ao Brasil.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso utilizava embarcações e tinha um sistema de comunicação sofisticado para facilitar o contrabando, evitando o pagamento dos tributos devidos e comprometendo a arrecadação fiscal do País. A atividade clandestina ainda representa um sério risco à saúde pública, devido à natureza das mercadorias introduzidas no mercado nacional sem a devida fiscalização.

Os suspeitos detidos poderão ser indiciados por contrabando, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, entre outros. As investigações continuam. Outras prisões não estão descartadas e as diligências continuam. 

Polícia