Pelo menos 10 pessoas foram mortas na última quinta-feira na Grande Belém
Uma série de homicídios se iniciou após o assassinato de dois policiais militares na manhã de ontem
A quinta-feira (16) já iniciou com duas mortes na Região Metropolitana de Belém (RMB), que sucederam diversas outras ao longo do dia. Os dois primeiros homicídios tiveram como vítimas policiais militares do Estado. O primeiro foi o Sargento Silva, policial militar da ativa morto fardado, a caminho do trabalho, às 7h20. O caso aconteceu no Tenoné. Logo em seguida, o cabo da reserva remunerada José Aristilde de Sousa Gomes, de 60 anos, foi morto em Benevides. Em ambos os casos, as armas dos agentes foram levadas.
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Após os dois crimes, uma série de outros homicídios ocorreram na Grande Belém, que resultou em pelo menos dez mortes na cidade, cinco deles entre o meio-dia e 14h, com a média aproximada de uma morte a cada 25 minutos.
A primeira morte a ser registrada após o assassinato dos PMs foi a do acusado de matar o policial da reserva em Benevides. Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), militares do Comando de Policiamento da Região Metropolitana, com o apoio das Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam), conseguiram cerca o criminoso, logo após o crime, em uma área de mata. Ele teria trocado tiros com os policiais, foi atingido e levado para unidade de atendimento médico de Benevides, mas não resitiu aos ferimentos e morreu.
O segundo caso foi por volta das 12h, no Jurunas, quando William Felipe Souza de Passos, de 24 anos, foi executado com vários tiros por quatro homens encapuzados que dispararam à curta distância. O jovem morreu na hora e os executores fugiram.
Outro homicídio também foi registrado às 12h, logo em seguida, mas dessa vez no Conjunto Girassol, no bairro de Águas Brancas, em Ananindeua. Um homem, que não foi identificado, foi baleado diversas vezes. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Metropolitano, mas morreu por volta de 14h30.
O terceiro caso ocorreu às 13h30, quando o mecânico Cledson Abreu Quindere, de 23 anos, foi assassinado dentro da loja de conserto de motos na qual trabalhava, no bairro de Canudos. Testemunhas disseram que quatro atiradores encapuzados chegaram ao local em um carro preto e deram pelo menos oito tiros no mecânico.
Outros dois casos foram registrados por volta das 14h em Belém. O primeiro foi no bairro da Cabanagem, quando um homem identificado apenas como Júnior foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar. Segundo investigações do setor de inteligência da PM, Júnior era suspeito de ter participado do assassinato do Sargento Silva, ocorrido na manhã do mesmo dia, no Tenoné. Ele teria reagido com tiros ao perceber a chegada da viatura da PM no bairro e acabou sendo morto em confronto. No mesmo horário, o mototaxista Denilson Souza Martins, de 27 anos, foi morto com vários tiros no bairro do Una, em Ananindeua. Ele estaria em frente a sua residência quando foi abordado por dois homens, também encapuzados, e morto no local. Os tiros foram à queima-roupa e a vítima morreu na hora.
Por volta das 18h30, uma nova ocorrência de homicídio chegou à PM. Dessa vez, uma mulher, não identificada, foi encontrada morta em uma área de região de mata no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua. Antes de encontrarem o corpo, testemunhas afirmam que diversos tiros foram ouvidos no entorno.
À noite, por volta das 20h, um homem, também não identificado, foi morto a tiros em Benevides. Ele estava em uma lanchonete na rua Augusto Meira Filho, no Conjunto da Cohab, quando homens encapuzados invadiram o estabelecimento e começaram a atirar. Ele morreu no local.
Mais tarde, outro PM, o cabo da reserva remunerada Nivaldo José Leão Moura, de 55 anos, foi alvo de um atentado no bairro da Terra Firme. Os criminosos atiraram três vezes contra o oficial. Ele foi atingido no ombro, no braço e na cabeça, mas não corre risco de morte.
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