Familiares e amigos da influencer e universitária Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, que morreu em 12 de dezembro passado, durante passeio de lancha no Rio Maguari, prestaram homenagens à jovem no cemitério Parque das Palmeiras, em Marituba, na manhã desta quinta-feira (10), dia em que ela completaria 22 anos de vida. Entre orações, discursos emocionados e lembranças de como ela era quando viva, o sentimento comum entre todos os presentes foi um só: o de que a justiça seja feita.
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Ricardo Macêdo, pai de Yasmin, também ficou bastante emocionado e disse que sente falta de tudo que a filha fazia, principalmente quando ela dizia que o amava. Ele contou que toda a família ainda está sentindo a dor da perda precoce da jovem, e que a avó dela se emocionou na manhã desta quinta (10), ao lembrar do aniversário da neta. Ricardo disse que já estava, inclusive, montando um pet shop para a filha administrar, um dos sonhos da influencer, que também era estudante de medicina veterinária e amava os animais.
"A Yasmin morreu mas não foi só a vida dela. Acabou com uma família toda. A minha mãe não sai da cama, a Eliene vive dopada o dia todo, eu não trabalho há dois meses. Eu só peço pra Deus pra ver se a gente levanta a cabeça. As pessoas dizem assim: 'só o tempo'. Mas o tempo vai passando e parece que cada dia é pior que o outro. Você acorda um dia mais ou menos, aí vê uma foto, os amigos ligam, vão em casa para conversar. É complicado", afirmou.
Ricardo lembrou de uma situação que viveu quando era mais jovem. Depois de perder o irmão, um dia ele pegou o pai prestes a tirar a própria vida, com um revólver apontado para a cabeça. Imediatamente, ele pulou sobre o pai e questinou o motivo de ele estar fazendo aquilo. "Mas hoje eu sei o que o meu pai estava sentindo. É uma dor que eu não sei como explicar. É muito complicado estar aqui velando a minha filha. 21 anos, alegre, todo um futuro pela frente, e hoje a gente tá aqui", lamentou.
Família quer justiça
A tia de Yasmin, Elizete Souza Melo, também ficou muito emocionada durante as homenagens. Ela disse que o sentimento é de revolta por ver os possíveis responsáveis pela morte da sobrinha ainda livres. "Eles continuam aproveitando as fotos dela, publicando as coisas dela e se fazendo de importantes, numa situação onde essas pessoas levaram a Yasmin. Elas têm culpa pela omissão, pelas mentiras, por tudo que elas falam, e por terem largado ela lá e ido festejar, ido dormir, enquanto a família estava desesperada buscando a verdade", disse.
"Nós nunca acreditamos que a Yasmin pulou. Ela não sabia nadar, ela usava lentes de contato. Ela não pulou. Foi algo premeditado, eles fizeram alguma coisa com ela, isso nós temos certeza. Porque as mentiras mostram pra gente. Quando a Bárbara fala, claramente, que ela 'pulou porque quis, bebeu porque quis', ali, naquele momento, a gente sabia que era mentira. Ali estava provado que não foi uma fatalidade, que não foi um acidente", acredita Elizete Melo.
Agora, a família toda quer que o caso seja resolvido o mais rapidamente possível. Elizete aponta que há várias contradições entre os depoimentos das testemunhas. "Nós nunca vamos aceitar isso como acidente. Ela nunca iria pular naquele rio. Por que a saída de praia dela está branquinha, limpinha? Por que o celular não foi junto com ela, se ela não desgrudava dele? Por que eles apagaram tudo que tinha no celular dela? Essas perguntas não saem da nossa cabeça. É algo que tortura cada um de nós. Nós queremos ver essas pessoas presas. Justiça por Yasmin", concluiu.