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Paraenses são presas no Rio de Janeiro por extorsão a empresários do Pará

No total, dez pessoas foram pres​as. Um vasto material utilizado pelos criminosos foi apreendido, entre eles entorpecentes, peças de fuzis, veículos e celulares.

O Liberal
Divulgação/ PCPA

Duas mulheres paraenses suspeitas de integrar uma facção criminosa que exorquia empresários e comerciantes no estado foram presas nesta terça-feira (3) no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. As prisões foram realizadas pela Polícia Civil do Pará (PCPA), em uma ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), no âmbito da operação “Torniquete”, que teve como objetivo desarticular membros de organizações criminosas que atuam em diferentes estados do país. No total, dez pessoas foram pres​as. Um vasto material utilizado pelos criminosos foi apreendido, entre eles entorpecentes, peças de fuzis, veículos e celulares.


Uma das presas, condenada a 12 anos de prisão por crime organizado, estava foragida do sistema penal paraense. Segundo a polícia, ela era responsável por administrar as finanças do grupo, que incluíam valores obtidos com extorsões. A segunda detida, de 20 anos, atuava junto ao marido, que segue foragido, na prática de extorsões realizadas por telefone contra empresários nos bairros Pratinha, Tenoné e Tapanã, em Belém.

Durante as diligências, também foi encontrada uma estufa caseira para o cultivo de maconha em uma residência ligada a uma liderança criminosa no Pará. No entanto, o suspeito não estava no local no momento da apreensão.

Apreensões

A operação resultou na prisão de dez pessoas e na desarticulação de importantes estruturas criminosas, incluindo um call center usado para práticas ilícitas e dois laboratórios de refino de drogas. Entre os materiais apreendidos, destacam-se mais de uma tonelada de entorpecentes, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares, anotações do tráfico e carga roubada. Quinze veículos produtos de crimes também foram recuperados.

Força-tarefa

Mais de 900 agentes de segurança pública participaram da operação, com o apoio de veículos blindados e aeronaves. A força-tarefa envolveu tropas de elite, equipes de inteligência e policiais de diversas delegacias, como o Batalhão de Operações Especiais (BOPE/RJ) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) do Pará e do Rio de Janeiro.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, destacou o empenho no combate ao crime organizado. “Hoje demos cumprimento a mandados de busca e apreensão e localizamos duas mulheres responsáveis por extorsões no Pará. Isso demonstra que estamos atentos e trabalhando para desarticular o crime organizado, onde quer que ele ocorra”, comentou.

Investigações

As investigações, iniciadas no início de 2024, são conduzidas pelas agências de inteligência do Pará e contaram com a integração da PCRJ para localizar criminosos escondidos no Rio de Janeiro. A operação também mira ações criminosas como atentados e homicídios contra agentes de segurança pública no Pará.

Polícia