Paraense presa na Indonésia: jovem detida com cocaína vira ré e pode ser condenada a pena de morte
Apesar de Manuela aguardar nova audiência, ainda não há data de quando ela deve ser julgada
A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, 19 anos, indiciada por tráfico de drogas, virou ré e pode receber pena de morte assim que for julgada pela Justiça da Indonésia. A jovem está presa desde o dia 31 de dezembro na Ilha de Bali, no país do sudeste asiático, após ter sido flagrada com 2,5 quilos de cocaína. Isso aconteceu uma hora antes da comemoração do Ano Novo.
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A partir de agora, Manuela aguarda nova audiência. Entretanto, o julgamento ainda não tem data para acontecer. “Ela passou a se tornar ré em processo judicial. O ministério ofereceu a denúncia e o processo está andando. Será designada audiência”, disse o advogado criminalista Davi Lira, responsável pela defesa da paraense, em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo a defesa, a pena mínima é de cinco anos, mas pode chegar até pena morte. Para ajudar a garota, uma vaquinha digital está sendo feita no valor de U$ 150 mil (o que pode variar entre R$ 505 mil e R$ 758 mil).
A família divulgou na segunda-feira (13) que conseguiu contratar um advogado particular da Indonésia, chamado de dr. Lukas Banu. “Estamos com o processo do novo advogado assinado, está em mãos. As arrecadações continuarão, até chegar ao valor que almejamos. Conseguimos esse advogado por meio de uma missionária que tomou conhecimento do caso e, por livre espontânea vontade e desejo, se prontificou em ajudar a Manuela Vitória”, diz a legenda da publicação do perfil criado no Instagram para ajudar a paraense.
O diretor de nvestigação de Narcóticos de Bali, Kombes Iwan Eka Putra, disse ao O Globo que Manuela relatou não saber que levava substâncias ilegais na bagagem. A jovem também comentou que foi prometido a ela entrar em uma escola de surfe em troca do transporte das bagagens, que estavam carregando a cocaína. As autoridades da Indonésia não conseguiram localizar quem seria o destinatário das drogas.
Davi afirma que a cliente não sabia o que era a carga transportada e que, somente ao chegar ao destino, foi constatado ser cocaína. O advogado alega que a cliente foi utilizada como “mula” – termo que caracteriza uma pessoa que transporta droga conscientemente ou não.
Ainda de acordo com o advogado, Manuela ainda teria tentado não ir à viagem, mas os criminosos alegaram a ela que as passagens estavam compradas e, caso ela não fosse, o dinheiro precisaria ser devolvido. A situação assustou a jovem, que decidiu arrumar as malas e partir para a Indonésia. Porém, assim que aterrissou no aeroporto de Bali, foi detida após ter sido encontrado no raio-x os entorpecentes, que estavam divididos em duas bagagens.
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