Paraense presa na Indonésia: conheça outros casos de brasileiros presos no país
Mauela Vitória de Araújo Farias será interrogada nesta terça-feira, 2, ainda correndo risco de pena de morte ou perpétua
Além da paraense Manuela Vitória Araújo Farias, presa por tráfico de drogas na Indonésia, com interrogatório marcado para terça-feira, 2, outros brasileiros também já foram parar atrás das grades do país asiático por envolvimento com esse tipo de crime. Um deles foi Gustavo Pinto da Silveira, preso em janeiro deste ano.
Gustavo foi preso na Indonésia ao desembarcar na capital, Jacarta, com 2,3 litros de cocaína líquida, conforme ele mesmo relatou em depoimento à polícia. Segundo o relato, ele só tentou entrar no país com a droga porque sua família estaria ameaçada por traficantes. No entanto, segundo o jornal local Kompas, a versão apresentada pelo brasileiro é encarada com ceticismo pelas autoridades.
De acordo com o Chefe do Escritório de Alfândega e Impostos Especiais do Aeroporto de Soekarno Hatta, Gatot Sugeng Wibowo – em entrevista ao O Globo – o brasileiro já havia visitado o país em 2021. As autoridades suspeitam que essa primeira viagem pode ter sido feita com o objetivo de conhecer o mercado de drogas local: “a quantidade (de cocaína) é muito grande, é impossível fazer isso sozinho”, apontou Gatot.
Gustavo Pinto da Silveira aterrisou no dia primeiro de janeiro em Jacarta de um voo vindo do Rio de Janeiro, com escala em Doha. Na bagagem, o brasileiro levava uma mochila, uma mala e uma prancha de surfe. A droga estava distribuída em seis frascos de produtos de higiene, como xampu, enxaguante bucal e sabonete.
Ele hamou a atenção dos agentes dao aeroporto pelo seu comportamento "resistente e agressivo", afirmaram os fiscais da alfândega. Ele teria se recusado a permitir a inspeção de seus pertences.
Trio com brasileiro preso por tráfico
Em 5 de agosto do ano passado, a Agência Nacional de Narcóticos de Bali anunciou a prisão de um trio por tráfico de drogas que contava com a participação de um brasileiro, um britânico e um mexicano.
O trio foi preso em julho, com 844,6 gramas de cocaína e outras drogas, como maconha e MDMA. A apreensão foi feita pela Agência Nacional de Entorpecentes da Indonésia. À época, o Itamaraty informou ao jornal Estado de Minas que desconhecia o caso.
O brasileiro seria fabricante das drogas, voltadas para abastecer rede internacional de tráfico, e o britânico seria o responsável pela distribuição dos produtos na ilha de Bali. O mexicano, que está na Indonésia desde 2012, foi apontado como chefe da organização. A cocaína, segundo a agência, seria levada para as aldeias Canggu, Seminyak e Badung Regency.
Caso de pena de morte
O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte arriscou a própria vida para levar 6kg de cocaína até Bali, na Indonésia, em julho de 2004. Ele receberia quase US$ 500 mil como recompensa. No entanto, ao desembarcar em Jacarta, a aparelhagem de raio X do aeroporto internacional, moderna e recém-adquirida, descobriu a droga, escondida em pranchas de surfe.
Rodrigo foi preso e condenado à morte por fuzilamento. Ele foi executado na madrugada do dia 29 de abril de 2015 - dia 28 ainda no Brasil.
Ele deve ser o segundo brasileiro condenado à morte a ser executado no mundo. O primeiro, o carioca Marco Archer, também condenado por tráfico de drogas no país asiático, foi fuzilado em pé e de olhos vendados em 18 de janeiro de 2015, ainda dia 17 no Brasil.
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