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Paraense presa na indonésia: ainda em risco de pena de morte, jovem passa por nova audiência

Sessão deve ser realizada ainda nesta terça-feira, 11, diz advogado de defesa

O Liberal

A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias, presa desde o dia 31 de dezembro na Ilha de Bali, na Indonéria, por tráfico de drogas, terá outra audiência nesta terça-feira, 11, conforme informações do advogado de defesa, Davi Lira da Silva. A jovem ainda corre risco de pena de morte ou de prisão perpétua, segundo as leis do país asiático.

A primeira audiência do caso ocorreu no dia 4 de abril, com a leitura da denúncia contra a jovem, que começou às 3h30 da madrugada no Brasil (horário de Brasília) e durou cerca de 1h30. Desde então, já havia expectativa de que haveria outras sessões sem prazo específico para o fim do processo.

Nesta terça-feira, 11, a proposta é que que ocorra a instrução do processo, que serve para colher informações sobre o caso e outras provas. A sentença só será decidida em outro momento e, segundo a defesa, não há uma previsão para isso. "Fugindo dessas duas penas, a pena de morte e a perpétua, já seria uma grande vitória", disse o advogado.

O Ministério das Relações Exteriores acompanha o caso. O Itamaraty disse, em nota, que "por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local".

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Lembre o caso

Manuela era moradora do bairro do Guamá, em Belém, capital paraense, mas também tinha casa em Santa Catarina, onde mora a mãe. No dia 27 de janeiro ela foi indiciada por tráfico de drogas, após ter desembarcado em Bali, na Indonésia, com quase 3kg de entorpecentes.

O advogado dela, Davi Lira da Silva, alegou que ela foi usada como 'mula do tráfico', enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático.

"Ela passou no aeroporto no Brasil e no Catar. Quando foi do dia 31 [de dezembro] para o dia 1º [de janeiro], foi detida no aeroporto da Indonésia", relatou o advogado. "Ela foi usada como 'mula', termo bem comum no Brasil. Na Indonésia, usaram o termo 'atravessadora'", completou.

Polícia