Paraense encontrada morta no Rio de Janeiro é sepultada em Castanhal
Bruna Guterres foi encontrada morta na noite de sábado,13, no apartamento onde morava. A Polícia do Rio de Janeiro investiga o caso
O corpo da paraense Bruna Guterres, de 22 anos, foi velado e sepultado na manhã deste sábado, 20, em Castanhal, região nordeste do estado. A família, muito abalada, não permitiu imagens da despedida. Bruna foi encontrada morta na noite de sábado,13, no apartamento onde morava com o marido e dois filhos, na cidade do Rio de Janeiro.
O corpo da jovem foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, por volta das 13h30 da sexta-feira,19. O traslado foi feito na madrugada deste sábado, 20, até Belém, de onde seguiu para o município de Castanhal.
Bruna Guterres foi enterrada, no final da manhã, no cemitério público de São José. A madrasta da jovem conversou com a reportagem e informou que não poderia falar a respeito das circunstâncias da morte da enteada por orientação da advogada contratada pela família para acompanhar as investigações junto à polícia do Rio de Janeiro.
“A advogada nos orientou assim. Até porque o marido da Bruna já entrou com uma ação e avisou que se a família falasse qualquer coisa sobre o caso e principalmente no nome dele, ele iria nos processar”, disse a madrasta Liliane de Souza.
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As informações dadas pela madrasta foram de que Bruna tinha dois filhos, sendo um menino de 5 anos, que não era filho do casamento atual, e uma menina de dois anos.
“O marido dela já entrou com o pedido de guarda da menina e o menino está sendo cuidado por uma vizinha, mas ainda no decorrer da semana que vem eu irei ao Rio de Janeiro buscar a criança que irá morar conosco. Ainda estamos muito abalados e tivemos muitas dificuldades com relação aos documentos das crianças e até mesmo o dela (Bruna). A delegada que investiga o caso não achou nada no apartamento e por isso tivemos que tirar a segunda via de tudo”, disse.
Ainda de acordo com a madrasta, Bruna tinha um relacionamento conturbado e que conheceu o marido ainda na adolescência.
“Ela tinha uns 13 anos quando o conheceu. Ele (marido) é bem mais velho e tem 48 anos. A Bruna só comentava que eles brigavam muito”, relatou.
Investigação
Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) informou à redação integrada de O Liberal que a "investigação segue em andamento na 41ª DP (Tanque) e que aguarda o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a causa da morte". Segundo a PCERJ, foi feita a perícia no local e testemunhas estão sendo ouvidas.
O caso
Bruna foi encontrada dentro do apartamento onde vivia, no bairro Tanque, na Zona Oeste da capital carioca. Pessoas próximas da paraense afirmam, em postagens feitas nas redes sociais, que se trataria de um feminicídio. Bruna Guterres deixa dois filhos, de dois e seis anos. As crianças estariam sob os cuidados de uma vizinha dela no Rio de Janeiro.
Bruna Guterres era natural de Capanema, região nordeste paraense, mas morava em Castanhal, onde conheceu o marido que é natural do Maranhão. Os dois mudaram para o Rio de Janeiro no começo de 2023.
De acordo com um parente, que não quis ter a identidade revelada, Bruna estava separada do marido e estava morando em Belém desde o começo do segundo semestre de 2023 e que em dezembro voltou para o Rio de Janeiro para reatar o casamento.
“Não sabemos muitos detalhes e nem queremos falar muito porque a polícia é quem deve esclarecer, mas ela estava separada do marido e morando em Belém com os filhos. Voltou no final do ano para o Rio para ficar com o marido. Só sei que ele (marido) disse à polícia que chegou em casa no domingo (14) e encontrou ela morta”, relatou o parente.