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Para Seduc, ação contra rapto de menina em escola teria ocorrido "no tempo certo"

Secretaria orientou direção a "rever segurança" em estabelecimento sem porteiros - e não detalhou medidas adotadas nas demais escolas do Pará

Redação integrada de O Liberal

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não detalha os procedimentos que vem tomando para garantir a segurança junto às escolas do Estado após o rapto de uma aluna de 9 anos, ocorrido ao final da tarde desta segunda-feira (1), dentro das dependências da Escola Estadual de Ensino Fundamental 15 de Outubro, que funciona na avenida José Bonifácio, no Guamá. Nesta terça (2) à noite, a Seduc admitiu que a escola onde ocorreu o rapto não tem porteiros em turno algum, e conta só com um vigilante noturno. A confirmação veio quatro horas depois de a secretaria dizer, em nota, que havia determinado que a escola reavaliasse seus procedimentos de segurança. 

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A redação integrada de O Liberal procurou a Seduc ainda na manhã desta terça-feira (2) para comentar o episódio e pedir maiores esclarecimentos sobre as orientações da secretaria para o controle da segurança nas escolas públicas do Estado. A reportagem questionou quais são as medidas de segurança garantidas pelas escolas para a liberação das crianças que lá estudam, e se a Segup entende que houve falhas no episódio ocorrido ontem no Guamá.

A reportagem também pediu esclarecimentos sobre quais são os procedimentos de segurança que a Seduc adota nas escolas paraenses e perguntou o que a Secretaria de Estado de Educação vai fazer, a partir desse episódio,  tanto nas demais escolas do Estado quanto junto à direção da escola 15 de Outubro, do Guamá.

A reportagem questionou ainda à secretaria o que a Seduc acha que é possível fazer para evitar riscos de que crianças sejam levadas das escolas públicas paraenses,  e para que não sejam vítimas de criminosos - como ocorreu nesta segunda feira, no episódio do Guamá. 

"ESCOLA FOI ORIENTADA"

Em nota emitida inicialmente às 14h, a Seduc limitou-se a dizer à redação integrada de O Liberal que a Companhia de Policiamento Escolar "agiu no tempo certo" no episódio relacionado ao rapto no Guamá, e que a escola "foi orientada a rever o processo de chegada e saída dos alunos".

A Companhia de Policiamento Escolar da Polícia Militar chegou a fazer rondas à procura da menina desaparecida na tarde e noite desta segunda-feira, mas a estudante de 9 anos só foi encontrada pela própria família, já por volta das 20h30, na Praça Amazonas, após iniciativa da própria avó.

Na manhã desta terça-feira (2), a família da estudante foi à Seccional do Guamá para prestar depoimentos e registrar o ocorrido. A Polícia Civil está à procura do casal que é suspeito pelo crime, já tem as características da mulher que raptou a criança e faz buscas com base nessas informações. O caso está registrado na Seccional Urbana do Guamá, sob responsabilidade da delegada Rosalina Arraes. A Polícia Civil iniciou a investigação.

ESCOLA: SEM PORTEIROS E SÓ UM VIGILANTE

Em nova nota, emitida às 18h30 pela Seduc, após insistência da reportagem de O Liberal em obter respostas ao questionamentos feitos, a secretaria estadual de educação confirmou que a escola estadual 15 de Outubro conta com apenas um vigilante, "contratado para o período noturno". A Seduc diz que está em análise a contratação de mais um servidor, "para aumentar a segurança do patrimônio da escola".

Quanto à lotação de porteiros no período diurno, a Seduc diz que a função deveria ser "desempenhada pelos ocupantes do cargo de Auxiliar Operacional, o qual a escola não conta com lotação atual", admite a secretaria.

Segundo a Seduc, no entanto, a "Unidade Seduc na Escola - USE 06, responsável hierarquicamente pela unidade [escolar] em questão", estaria providenciando "remanejamento de servidor para atender a demanda, o que será resolvido ainda esta semana".

A secretaria de educação diz ainda que a USE 06 também já estaria providenciando a formalização de um "processo indicando as escolas sob sua responsabilidade, dentre elas a 15 de Outubro, para possível contratação de pessoal terceirizado, na função de Agente de Portaria, para resolver o problema apresentado".

Polícia