Operação 'Curupira' desativa quatro locais de garimpo em área de preservação de São Félix do Xingu
Foram apreendidos materiais apreendidos ligados à essa atividade ilegal
Quatro locais de garimpo em área de preservação foram desativados e 18 materiais apreendidos ligados à essa atividade ilegal durante a Operação “Curupira”, em São Félix do Xingu, sudeste do Pará. Os trabalhos, articulados pelas Secretarias de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), iniciaram na última quinta-feira (5) e ocorreram em uma região próxima à vila de Canopus, distante 272 km da base fixa operacional implantada na sede do município. A ação contou com frentes terrestres, apoio aéreo e a colaboração da Polícia Federal.
As equipes iniciaram as ações com apoio aéreo, em que fizeram a verificação se as áreas estavam em atividade, enquanto que os agentes em solo constataram os pontos de degradação com uso de drones.
Durante as ações operacionais, foram desligados os quatro locais identificados por atuar com garimpo, assim como foram apreendidos 18 itens de materiais ligados à atividade, além do desmonte das estruturas utilizadas como acampamento nos locais.
Esta é a quarta frente de atuação da base fixa em São Félix do Xingu, desde a implantação de fevereiro deste ano, e abrange a Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu (APATX) e atua na região próxima à Altamira. Os trabalhos foram possíveis a partir da identificação de pontos com degradação ambiental recente, como explica o agente de fiscalização ambiental da Semas, Wilson Monteiro.
“A operação Curupira vem seguindo fiscalizando e combatendo ilícitos ambientais, assim como monitorando diversas áreas com degradação ambiental ou ligadas à atividade de garimpo ilegal. Na vila de Canopus, a Semas identificou alguns pontos recentes de atividade de garimpo, mapeou e traçou as rotas para verificação in loco, possibilitando a desarticulação de alguns locais”, pontuou.
De acordo com o coordenador operacional da Segup em São Félix, coronel Ed-lin Anselmo, o apoio operacional e logístico é articulado pela Segup em conjunto com as demais forças do Sistema de Segurança para garantir celeridade nas ações.
“Nós estamos aqui nessa região desde o dia 15 de fevereiro e avançamos muito na questão da preservação do meio ambiente. Os números da Semas dão conta dessa diminuição de garimpo ilegal e a ideia do Governo do Estado é manter a tropa presente, juntamente com a Segup e Semas, e agora, com apoio da Polícia Federal, justamente para mostrar que o Estado está presente aqui e que esses desmatamentos precisam cessar”, reforçou o coordenador.
Ele acrescenta ainda que, “conseguimos fazer sobrevoo na área circundante da vila e identificar áreas de garimpo, alguns em atividade, outros parados há algum tempo, além de localizar uma área com maquinários em atividade, com ferramentas e lonas, indícios que tinham sido abandonados pouco antes da nossa chegada. A Semas fez a notificação, fizemos a inutilização dos equipamentos e seguimos verificando a possibilidade de maquinários escondidos na mata, para interromper qualquer atividade ilícita. Nós ressaltamos a importância do uso das aeronaves, pois através delas foi possível checar os pontos para realizar as incursões a pé para checagem no local exato”, finalizou.
A ação na área de Vila Canopus contou com mais de 60 profissionais de segurança divididos em 18 viaturas, três aeronaves, sendo duas totalmente novas, do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Segup, que foram utilizadas para verificação e reconhecimento das áreas e transporte das equipes. Estão presentes agentes das polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar, Semas e Polícia Federal.
Operação Curupira
Para garantir a presença contínua e ações de curto, médio e longo prazo, a Operação “Curupira” inicialmente se instalou em São Félix do Xingu, na região Sudeste, com a primeira base fixa, seguida pelas unidades de Uruará e Novo Progresso. Juntas, as bases consolidam a presença do Estado no Sudeste e Oeste do Pará.
Mais de 150 agentes de segurança pública e demais servidores estaduais das áreas ambiental e de fiscalização atuam a partir das três bases fixas em ações que já resultaram no embargo de áreas, apreensão de materiais, prisões de pessoas e fiscalizações terrestres e aéreas.
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