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'Operação Curupira' apreende 514 toras de madeiras em Novo Progresso

A carga estava em um depósito camuflado no meio da floresta; operação na região tem ações há mais de 30 dias

O Liberal
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Mais de 500 toras de madeiras localizadas em uma área que servia como depósito no meio da floresta, próximo ao município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, foram apreendidas no último sábado (15), durante a Operação "Curupira", de combate a crimes ambientais. A ofensiva contra o comércio ilegal de madeira foi deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), juntamente com a Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Semas), e já dura mais de 30 dias na região.

“Essa foi mais uma ação positiva voltada ao enfrentamento dos crimes ambientais no estado executada pelos nossos agentes de segurança na região, onde temo uma base fixa de segurança implantada para monitorar e fiscalizar qualquer ação irregular. Com mais essa apreensão somamos uma produtividade assertiva nessa operação que visa ações de curto, médio e longo prazo no combate ao desmatamento em nosso território”, pontuou o secretário de Segurança Publica e Defesa Social, Ualame Machado. 

Toras e trator

Com o apoio de duas aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), os agentes de segurança rastrearam dez pontos indicados como possíveis áreas de degradação ambiental, quando identificaram uma área de depósito camuflado no meio da mata contendo 514 toras de madeira. Um trator também foi apreendido durante a ação, como explica o secretário adjunto de Operações da Segup, Luciano de Oliveira.

“Na checagem dos pontos rastreados como possíveis áreas de degradação ambiental, localizamos essa carga de toras de madeira, que agora serão medidas e periciadas”, reforçou Luciano.

Uma equipe do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar esteve no local da apreensão para fazer a guarda do material, que será encaminhado Pará a Polícia Cientifica do Estado (PCE). Entre as diversas espécies de madeiras encontradas estão o amarelão, jatobá, angelim, maçaranduba e outras.

Operação Curupira

Lançada há dois meses, a Operação "Curupira" conta com três bases fixas implantadas nas cidades de São Félix, Uruará e Novo Progresso. As ações de curto, médio e longo prazo são voltadas para as regiões sudeste e oeste do Estado, para combater os garimpos ilegais, a extração de madeira irregular, além dos desmatamentos. A ação baseia-se no Decreto N° 2.887 que estabelece Estado de emergência ambiental em 15 municípios paraenses.

Como informa a Segup, nas 43 incursões integradas já realizadas nesses dois meses, ao todo, foram contabilizadas: 391 abordagens, entre pessoas, carros, caminhões e motocicletas. Foram feitas, ainda, 44 revistas pelas forças de segurança.

O trabalho dos agentes resultou na apreensão de 109. 578 metros cúbicos de madeira, 11 armas de fogo e 153 munições e 1.028 hectares de áreas embargadas. Foram fiscalizados 23 garimpos e embargados 5. Foram apreendidos ainda: 5 conjuntos de máquinas do tipo peneira, 32 conjuntos de tratores/carregadeiras/escavadeiras, além de 10 motores bomba e 4 caminhões. Um total de 29 maquinários foram inutilizados.

Cerca de 8 mil litros de combustível também foram apreendidos, além das equipes totalizarem outras 31 apreensões de materiais, entre eles motores bomba, tambores de combustível e equipamentos utilizados nos garimpos. Também foram feitas duas prisões em flagrante e emitidas 7 intimações. Foram lavrados 9 termos de embargo, 3 termos de apreensão, 12 termos de depósito, 5 autos de infração ambiental e 10 de validação ambiental.

Duas novas aeronaves foram incorporadas à Operação, que conta com mais de 150 agentes de segurança pública e demais servidores estaduais. 

Multas

No Pará, ações integradas de proteção e fiscalização ambiental geraram a aplicação de R$ 5.745.810,00 em multas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A operação “Curupira” completou dois meses executando ações.

“As multas aplicadas demonstram que a Secretaria está fazendo o seu papel de fiscalizar e que quem comete o crime não ficará impune. Ideal seria se o crime não acontecesse, que pudéssemos somente preservar, mas ocorrendo a necessidade, a multa será aplicada”, afirmou o coordenador de fiscalização da Semas, Tobias Brancher. 

Já o uso da tecnologia possibilita recursos como as imagens de satélites do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), para localização dos territórios atingidos pelos infratores, o que garante mais precisão nas informações e economia de custos. 

“Vários sensores permitem visitas rápidas numa mesma área e, enquanto tem uma equipe em campo, outra está no Cimam mapeando as áreas. E na hora que se identifica qualquer alteração na cobertura florestal, captura-se as coordenadas geográficas daquela região para encaminhar aos fiscais que estão em campo”, explicou Jackeline Viana, coordenadora do Cimam.

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