Operação 'Amazônia Viva' é concluída
17 motosserras, nove veículos e 11 armas de fogo foram apreendidas
Finalizada no último domingo (28), a operação "Amazônia Viva", realizada pela Força Estadual de Combate ao Desmatamento e Queimadas, conseguiu, ao longo de toda a operação, apreender de 17 motosserras, nove veículos entre escavadeiras e caminhões, 11 armas de fogo, destruição de três acampamentos improvisados e a interdição de três garimpos clandestinos para extração de ouro. Também foram realizados 14 flagrantes de crimes ambientais.
A soma das áreas desmatadas irregularmente que foram embargadas durante a operação chegou a 316km². A efeitos comparativos, vale destacar que a área é superior a cidade de Recife. Somente na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu (APA TX), localizada entre os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, foram embargados 77 km². Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
“Embargar é uma medida administrativa importante. A terra não poderá ser utilizada para produção agropecuária até ser regularizada junto aos órgãos competentes. O que possibilita a regeneração do meio ambiente na área degradada. O embargo não impede apenas que a área seja usada, também é uma forma de impedir atividades danosas. Se descumprido, pode resultar na suspensão da atividade que originou a infração e no cancelamento de registros e licenças. Multas também podem ser aplicadas em caso de não cumprimento do embargo”, explicou o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
A operação de combate a crimes ambientais foi deflagrada neste mês, simultaneamente, em quatro pontos do estado. O objetivo foi coibir a retirada ilegal de árvores em 10 municípios com taxas elevadas de desmatamento. São eles: Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, Placas, Itaituba, Trairão, Novo Progresso, Castelo dos Sonhos, São Félix do Xingu e Altamira.
“A Polícia Civil pode instaurar procedimentos policiais, Termos Circunstanciados de Ocorrência e inquéritos para apurar e intensificar o combate aos crimes ambientais. O governo do Estado conseguiu dar amplitude ao trabalho de segurança ambiental. As instituições que têm o mesmo foco conseguem dar celeridade a execução dos nossos serviços. Nós observamos que os municípios com maiores focos acabam tendo uma logística mais complexa para as ações, mas dessa forma, todos conseguimos nos fazer presentes”, comenta o diretor da Divisão de Meio Ambiente e Proteção Animal da Polícia Civil, Waldir Freire.
Para o diretor de Fiscalização da Semas, Rayrton Carneiro, as apreensões foram importantes por desarticularem a realização de queimadas nas áreas desmatadas. “A vegetação derrubada e os equipamentos apreendidos indicam que o material poderia ser usado para queimar o campo durante o período de menor chuva. Por isso, agir agora foi tão importante. Dessa forma, estamos combatendo diretamente o desmatamento e evitando que o fogo seja utilizado, o que traria mais danos ambientais”, destaca.
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