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OAB vai ouvir vítimas de ação policial no Paracuri

Presidente da Comissão de Segurança Pública da ordem promete severidade em relação ao caso

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará afirmou que também vai acompanhar a apuração da operação da Polícia Militar ocorrida na manhã de quinta-feira (23), nos bairros do Tapanã e Paracuri, em Belém, que resultou em baleamentos, mortes e prisões.  

A ação policial ganhou repercussão pelo fato de dentre os mortos na Operação Diataxi 7 da PM - que visava intensificar o enfrentamento ao tráfico de drogas na capital – esteve Osmair Monteiro, 42 anos, conhecido como "Gitão", que trabalhava no Paracuri I como barreiro, atividade de coleta de argila para preparação do artesanato feito em Icoaraci. O crime revoltou e indignou a comunidade do Paracuri, que realizou atos de protesto pedindo justiça pela morte do trabalhador.

Rodrigo Godinho, presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, frisou que a sua Comissão e a de Direitos Humanos da OAB também vão tomar pé da situação, ouvir as vítimas e acompanhar de perto a atuação da polícia.

“Se ocorreu excesso, se as pessoas realmente trabalhadoras e estavam lá para trabalhar, vamos pedir a punição dos policiais devido à desastrosa operação. Mas ainda é muito cedo para dizermos se a versão de um ou de outro é verdadeira, pois depende ainda da apuração da Polícia Civil”, disse Godinho.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB no Pará explicou também que, depois da apuração da Polícia Civil, caso haja confirmação de ação inadequada, o policial pode responder a um Processo Disciplinar, de forma administrativa, e também sobre o homicídio perante à Vara do Tribunal do Júri, se for provada que ação foi um desastre.

Polícia