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Nutricionista agride mulher: laudo apontará grau de lesão corporal na vítima, diz advogado

A previsão, de acordo com a defesa de Marina Barra Ribeiro, é de que o resultado seja divulgado nos próximos cinco dias

O Liberal

O advogado criminalista, Filipe Coutinho da Silveira, responsável pela defesa de Marina Barra Ribeiro, disse, nesta quarta-feira (12), que o laudo de corpo de delito terá um importante papel para o julgamento da violência que ela sofreu. Marina foi agredida pelo nutricionista Manoel Alves Pereira Netto no último sábado (8). Câmeras de um circuito interno de vigilância registraram a vítima sendo arrancada de dentro de um carro e jogada por Manoel no chão nas proximidades de um condomínio de luxo do bairro de Batista Campos, em Belém. Tudo veio à tona na terça-feira (11).

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Filipe contou que, na segunda-feira (10), dois dias após a violência ter ocorrido, Marina compareceu ao Instituto Médico Legal para examinar os ferimentos que sofreu. O laudo, segundo o advogado, irá apontar o grau de lesão que a vítima sofreu e, consequentemente, o crime o qual Manoel responderá. "Ela (Marina) fez o exame de corpo de delito na segunda (10). O resultado pode sair em cinco dias e apontará o grau da lesão corporal que ela sofreu. A partir do laudo, é possível decidir o tipo de crime que ele (Manoel) responderá", relatou o advogado. 

O Código Penal institui que existem quatro tipos diferentes de lesão corporal: leve, grave, gravíssima e a com resultado morte. A pena varia de acordo com um tipo de delito. Como Marina não foi morta na agressão, o laudo poderá indicar se ela teve uma lesão leve – com pena de três meses a um ano -, lesão grave – sentença podendo chegar de um a cinco anos-, ou gravíssima – dois a oito anos.  

Silveira revelou como tudo aconteceu antes de Marina ser agredida. “Os dois se conheciam por coleguismo. Não eram íntimos. Segundo os relatos que existem no processo, grupos diferentes de amigos estavam em um bar (localizado no bairro da Campina) e depois quiseram ir para outro lugar. Manoel se ofereceu para dar carona à Marina e a amiga dela, mas acabou indo para a casa dele. Ela (Marina) queria o cigarro eletrônico dela e ele dizia que não ia devolver. Manoel dizia que Marina ia descer por bem ou por mau. Depois que tudo aconteceu, ele ligou para a vítima mais de oito vezes”, explicou Filipe. 

“Não tinha intenção de agredi-la”, diz defesa de Manoel

O advogado Alexandre Lisboa, que atua na defesa do nutricionista, alega que o cliente não tinha intenção de machucar Marina. De acordo com a defesa, o cigarro eletrônico o qual Marina queria de volta seria de propriedade de Manoel. “O cigarro eletrônico que gerou uma discussão era do Manoel. Ela deixou a Marina na casa do namorado dela junto com a amiga. Depois foram descobrir que o companheiro da Marina não estava no local e, foi então, que ela pediu que o Manoel as deixasse na casa dela. Ele (Manoel) disse que era para a Marina pedir um aplicativo, porque não iria deixá-la na residência dela. Nas filmagens, você percebe que ela (Marina) demorou a sair do carro. A Marina não se conformava em sair do carro. A intenção do Manoel era tirá-la do carro e não agredi-la”, afirmou Alexandre.

 

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