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Naufrágio Combu: pai salvou o filho que não sabia nadar antes de desaparecer no rio

'Na hora que o resgate chegou, ele desapareceu', relata familiar da vítima

O Liberal

Familiares dos desaparecidos no naufrágio que aconteceu na noite de domingo, 9, no Rio Guamá, em Belém, acompanham as buscas na manhã desta segunda-feira, 10. Um deles, tia do desaparecido Paulo Bittencourt, de 31 anos de idade, conta que o sobrinho chegou a salvar o próprio filho, que não sabia nadar, antes de afundar nas águas.

Silbeni Bettencourt, tia de Paulo Bittencourt, acompanha as buscas nesta segunda-feira no Porto do Açaí, no bairro do Jurunas, em Belém. Ela conta que chegou ao local logo cedo atrás de informações sobre o parente desaparecido:

"Minha sobrinha ligou para mim já pela madrugada perguntando se eu sabia de alguma coisa. A partir daí, desde que soubemos, estamos aguardando informações. O Corpo de Bombeiros já veio aqui e estão fazendo as buscas, junto com a Capitania, e nós estamos no aguardo", conta.

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Ela diz que, segundo informações de militares do Corpo de Bombeiros, ainda durante as buscas imediatas que foram iniciadas na noite de domingo, o sobrinho dela por pouco não foi resgatado:

"Eles disseram que o Paulo salvou a esposa e os filhos. Que um dos meninos, o adolescente, filho dele, não sabia nadar e ele ficou o segurando até chegar o resgate. Na hora do resgate, ele [Paulo Bittencourt] desapareceu", ela relata.

Paulo é um dos três desaparecidos do naufrágio ainda nesta segunda. Os outros dois são o dono da rabeta, Natalino Pantoja, 77, e Sarah Oliveira, 29. Eles e mais seis pessoas são membros de uma mesma família que atravessavam o Rio Guamá vindo da Ilha do Combu em direção a Belém. Na tragédia, uma criança de seis meses de idade morreu.

Polícia