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Mulher é encontrada morta em carroceria de caminhão no bairro do Telégrafo

O corpo, que não foi identificado, foi localizado pelo dono do caminhão quando ele ia limpar o carro

Gabriel Pires

Uma mulher não identificada foi encontrada morta dentro da carroceria de um caminhão, na tarde desta sexta-feira (5), na travessa Nelson Ribeiro, no bairro do Telégrafo, em Belém. O cadáver, que já estava em estado avançado de decomposição, foi avistado por volta das 17h pelo proprietário do veículo no momento em que ia limpá-lo. As circunstâncias da morte ainda são desconhecidas. Segundo moradores da região, a mulher não morava na área e, supostamente, era dependente química. Pela vizinhança, algumas pessoas disseram que ela era conhecida como “Coroa”.

O corpo, que foi encontrado próximo à praça da “Alegria”, não apresentava sinais de violência, segundo os peritos da Polícia Científica. Ao lado do cadáver da mulher foi encontrada uma bolsa, que possivelmente pertencia a ela. Dentro do objeto havia cédulas e moedas, mas nenhum documento foi encontrado. Apesar da suspeita de overdose, nenhum entorpecente foi encontrado no local. Também não se sabe a idade da mulher. 

Equipes da Polícia Militar foram acionadas para atender a ocorrência e levantar as primeiras informações do caso. Militares do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM) chegaram no local logo após o acionamento pelo proprietário do caminhão. A Polícia Científica do Pará realizou a análise do cadáver e fez a remoção para o Instituto Médico Legal (IML). Nenhum familiar da vítima compareceu no local. 

Os moradores da área, que preferiram não ser identificados, relataram que a vítima possivelmente é uma pessoa em situação de rua. Ainda segundo eles, diversas pessoas já vinham sentindo um forte odor há dias, mas pensavam que o cheiro seria de algum animal morto que estava por perto. Diversos curiosos se aglomeraram próximo onde o corpo foi encontrado para acompanhar o trabalho da perícia até a remoção do corpo. 

O servidor público Kamal Hosn, proprietário do caminhão onde o corpo foi encontrado, detalhou que não usava o veículo desde dezembro. Após sentir um forte odor deste a terça-feira (2), ele decidiu limpar o carro por achar que o fedor vinha de um animal morto. Ao tirar a lona que cobria o caminhão, ele se deparou com o cadáver da mulher e acionou imediatamente a polícia. Ele acredita que a mulher entrou lá para fazer o uso de entorpecentes ou até mesmo para dormir. 

“Ontem de manhã, eu saí para trabalhar às 7 horas e já estava um fedor aqui. Hoje de manhã, senti o cheiro bem mais forte, mas não mexi. Só fiz limpar embaixo do caminhão, pensando que tinha algum bicho morto. Limpei, mas não parou o fedor. Hoje, quando passou a chuva, eu levantei a lona e dei de cara com o corpo. E isso foi de terça-feira para cá, porque eu levantei e perfurei a lona para a água não ficar empoçada em cima e não tinha nada”, disse Kamal.

Por conta da bolsa que foi encontrada junto ao corpo, alguns moradores reconheceram o pertence da vítima e disseram que a mulher sempre circulava pela região junto ao marido, que também seria dependente químico. Ainda sem causa da morte definida, o laudo da Polícia Científica deve esclarecer as circunstâncias da morte. O caso deve ser investigado pela Polícia Civil.

Quaisquer informações que possam ajudar na solução do caso podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.

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