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MPF investiga impactos ambientais no Pará após queda da ponte entre Maranhão e Tocantins

O acidente provocou a queda de veículos no rio Tocantins, entre eles caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos, substâncias que podem causar sérios danos à saúde e ao meio ambiente

O Liberal
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O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta segunda-feira (23), um inquérito civil para investigar as consequências socioambientais e os riscos à saúde pública decorrentes do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre Maranhão e Tocantins. O acidente ocorreu no domingo (22) e provocou a queda de veículos no rio Tocantins, entre eles caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos, substâncias que podem causar sérios danos à saúde e ao meio ambiente.

Veja o que se sabe sobre desabamento de ponte entre Maranhão e Tocantins.

A Prefeitura de Marabá, no sudeste do Pará, emitiu um alerta à população na segunda-feira, orientando os moradores e comunidades localizadas às margens do rio Tocantins a evitarem qualquer contato com a água do rio devido aos riscos de contaminação química. Segundo o MPF, o derramamento de ácido sulfúrico e agrotóxicos representa graves riscos à saúde das populações ribeirinhas e tradicionais que dependem do rio como fonte de subsistência. O contato com essas substâncias pode provocar queimaduras, intoxicações, problemas respiratórios e danos aos olhos.

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Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira ligava as cidades de Estreito (MA) e Aguirarnópolis (TO)

Além dos impactos à saúde, a contaminação também ameaça a biodiversidade local e todo o ecossistema associado ao rio Tocantins. O MPF solicitou providências em caráter de urgência à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Marabá e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará para que apresentem informações preliminares sobre a qualidade da água. Tam​bém requisitou que a Semas envie equipes para realizar estudos técnicos detalhados sobre os impactos ambientais e sociais a curto, médio e longo prazo.

Outras instituições, como o Instituto Evandro Chagas, o Museu Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), foram acionadas para avaliar a viabilidade de conduzir estudos mais aprofundados sobre os danos causados pelo derramamento dos produtos químicos.

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