Morre guarda municipal baleado seis vezes pela companheira no Guamá
A vítima estava internada desde a última quarta-feira (17), quando o caso ocorreu
O guarda municipal Ivanhoé de Souza, de 51 anos, morreu na manhã desta terça-feira (23), após quase uma semana internado em estado grave no Hospital Metropolitano, em Ananindeua. O guarda foi baleado seis vezes pela companheira, no dia 17 deste mês, no apartamento onde moravam, na avenida José Bonifácio, bairro do Guamá. A notícia do falecimento do servidor foi confirmada pelo advogado da família. A suspeita do crime segue presa no Centro de Reeducação Feminino (CRF) e, com a morte da vítima, responderá pelo crime de homicídio, conforme informou a Polícia Civil do Pará. Equipes da Seccional do Guamá investigam o caso.
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Segundo o advogado da família, Isidoro Calixto, a morte de Ivanhoé de Souza ocorreu por volta de 9h30. A causa da morte teria sido os rins da vítima, que pararam de funcionar devido as complicações geradas pelos disparos. “Inflizmente o problema no rim se agravou e ele [Ivanhoé] não suportou”, informou o advogado.
Conforme Calixto, o guarda teria sido atingido por cerca de seis tiros e não quatro, como havia sido divulgado pela mídia. A companheira de Ivanhoé e suspeita do crime, Suellen Kelly Tavares, está presa preventivamente. Ela teria alegado legítima defesa, mas a família contesta.
“Quando você alega legítima defesa, é preciso comprovar que matou por legítima defesa. Não é só atirar em uma pessoa e depois ir na delegacia, entregar a arma e dizer isso. Ela atirou nele seis vezes, foram seis tiros, e depois disse ao Delegado que foi por defesa. O juiz não acreditou que foi por legítima defesa e manteve a prisão, o que é o correto”, informou o advogado Isidoro Calixto.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Calixto afirmou que “a partir de agora, a assistência de acusação trabalha no sentido de evitar que o Ministério Público se manifeste mais uma vez pela transformação de preventiva em uma prisão domiciliar. E que o juízo da Vara de Inquéritos e Cautelares da capital entenda dessa maneira”.
Em nota, a Polícia Civil informou que a mulher segue presa preventivamente e responderá pelo crime de homicídio. Equipes da Seccional do Guamá investigam o caso.