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Moradores de ilhas de Belém fecham rio em Barcarena com embarcações por quase 4 horas

A manifestação durou quase quatro e é por conta da falta de energia na ilha. Ninguém entrou ou saiu na região

Saul Anjos

Moradores da Vila São Pedro, e das Ilha das Onças, da MucuraPato e Arapiranga, fecharam a saída e entrada do Rio Mucuruçá, em frente ao Terminal Hidroviário de Barcarena, na Região Metropolitana de Belém, na manhã desta sexta-feira (26/7). O motivo da manifestação, que começou por volta das 5h e conta com a utilização de embarcações para impedir que ninguém entre ou saia, é a falta de energia nas regiões. A Marinha do Brasil (MB) acompanhou o protesto. O trecho foi liberado por volta das 9h, cerca de quatro horas depois do início do bloqueio. A Capitania dos Portos da Amazônia (CPAOR) informou em nota que não houve registro de "qualquer acidente de pessoal ou dano material".


Em nota, a Equatorial Pará informou que acompanhou a manifestação dos residentes "fecharam o fluxo de navegação, solicitando, por parte da empresa a energização das ilhas". Na ocasião, a distribuidora disse que ouviu "todas reivindicações dos moradores e apresentou um cronograma com o início das atividades que estão previstas para começarem a partir de outubro de 2024". 

Para a obra, a Equatorial Pará vai construir mais de 200 km de rede, em 49 travessias de rios, além de reforma de redes já existentes, que vão atender mais de dois mil clientes que moram nas localidades.

Ribeirinhos usaram rabetas para protestar no Furo da Mucura, em Barcarena
Manifestantes também esticaram um cabo de aço, impedindo a passagem de lanchas

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De acordo com a CPAOR, uma equipe de inspetores navais foi enviada ao local, “a fim de garantir a salvaguarda da vida humana e a segurança do tráfego aquaviário, minimizando os impactos e culminando com a liberação da via de navegação”. 

“A circulação de embarcações se normalizou por volta das 9h. Não houve registro de qualquer acidente de pessoal ou dano material. A Marinha coloca à disposição do cidadão os telefones do Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e da CPAOR, (91) 3218-3950 ou (91) 98134-3000 (aplicativo de mensagens instantâneas), para receber informações a respeito de qualquer situação que possa afetar a salvaguarda da vida humana no mar e vias navegáveis, a segurança da navegação, ou que represente risco de poluição ao meio hídrico", comunicou.

A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da Prefeitura de Barcarena e aguarda retorno. 

Dificuldade de chegar a Belém

O motorista de carga Leandro Trindade, de 41 anos, fez um vídeo da manifestação e achou inusitada a forma que ela foi feita. “Olha, tá complicado aqui. Já vi protesto de tudo, agora fecharam a saída e a entrada em Barcarena. Não passa nenhum barco. E agora?”, diz ele na gravação. 

Leandro mora em Vila do Cabanos e tenta chegar à capital para conseguir trabalhar. “Passei pelo Porto São Francisco para ver se conseguia chegar em Belém, só que não passa nada. Tá difícil!”, relatou. 

Outra manifestação 

No dia 28 de maio de 2019, um protesto similar aconteceu, mas em outra área de Barcarena. Ribeirinhos fecharam o Furo da Mucura. Eles usaram rabetas e esticaram um cabo de aço para impedir a passagem das lanchas que levam passageiros para Belém e para o Marajó e, também, balsas que transportam caminhões. O trecho bloqueado tinha aproximadamente 500 metros, de um lado até o outro do rio.

A Ilha das Onças

Com a chegada das férias escolares, a Ilha das Onças é uma opção de turistas e belenenses para curtir essa época do ano. O acesso é feito por meio da travessia de barco, que parte da capital. O local, além de oferecer um contato com a natureza, também dispõe de restaurantes com culinária regional e outras opções de lazer, como banhos, ecoturismo e até eventos culturais. 

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