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Mistério sobre desaparecimento de duas crianças em Marabá permanece em 2023

O sumiço de Isabela Lima Mendes, de 11 anos, e do menino de três anos de idade que caiu de um jet ski ainda são mistério para população marabaense

Fabyo Cruz
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Dois casos de crianças desaparecidas são mistério em Marabá desde maio de 2022. Isabela Lima Mendes, de 11 anos, é considerada desaparecida desde o dia 11 daquele mês. Tudo começou quando o corpo de Gleiciane Amaral, mãe da menina, foi encontrado já em estado de decomposição, dentro de sua residência na Folha 16, Nova Marabá, onde morava com o companheiro e a filha. O outro caso é do menino de apenas três anos de idade que caiu de um jet ski na madrugada do dia 15, nas águas do Rio Tocantins.

À reportagem de O LIBERAL, Ademar Souza, pai de Isabela, contou que as buscas feitas pela polícia estão suspensas. Ele disse que no final do ano passado procurou as autoridades para saber qual seria os próximos passos das investigações, a resposta foi que o celular e o notebook do técnico eleitoral Eliezer Amaral, o companheiro de Gleiciane, ainda estavam sendo analisados, e que a procura poderia retornar a partir do resultado da análise nos aparelhos eletrônicos. As buscas feitas de forma independente pela população de Marabá também encerraram por falta de verba. No dia 11 de maio de 2023, Ademar pretende convocar uma manifestação na cidade.

image Ademar Souza, pai de Isabela, pretende convocar uma manifestação na cidade no dia 11 de maio de 2023 (Reprodução/Redes sociais)

“Sinto hoje em dia uma sensação de impotência, pois está perto de completar um ano e nada da minha filha ser encontrada. O celular dela foi periciado, já até recebi o resultado, mas não indicou nada de onde ela poderia estar. Agora preciso esperar o resultado das análises nos aparelhos dele [Ademar] para ver se podem ajudar a polícia a retornar às buscas. A população já fez várias, mas nós não conseguimos manter por falta de verbas. Atualmente, faço campanha só pelas redes sociais para encontrar a minha filha. Mas caso complete um ano sem respostas, pretendo convocar uma mobilização”, afirmou Ademar à reportagem.   

O delegado Vinicius Cardoso, da Polícia Civil de Marabá, informou à reportagem que tanto a menina Isabela quanto a criança de três anos de idade que caiu de um jet ski ainda são consideradas desaparecidas apesar do tempo sem serem encontrados. “Em relação à criança que caiu do jet ski, as buscas na época sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros foram feitas, e os bombeiros encerraram as buscas, portanto o caso foi dado como encerrado. Já em relação ao caso Isabela, as buscas estão suspensas até o presente momento por falta de elementos para se realizar novas buscas. Estamos esperando a conclusão de perícias dos aparelhos móveis, para se houver novos elementos, ocorra novas buscas”, explicou.   

Relembre o caso Isabela

Tudo começou na manhã do dia 11 de maio, quando o corpo de Gleiciane Amaral, mãe da menina desaparecida, foi encontrado, já em estado de decomposição, dentro de sua residência na Folha 16, Nova Marabá, onde morava com o companheiro e a filha. Colegas de trabalho de Eliezer Amaral – que é técnico eleitoral – foram procurar por ele em sua casa, uma vez que ele já estava há muitos dias sem ir ao trabalho. Ao entrarem no local, os colegas de Eliezer identificaram o cadáver de Gleiciane e acionaram as autoridades.

De acordo com o cabo Marlyson, policial militar que atendeu a ocorrência, relataram que uma marreta foi encontrada na cena do crime. Apenas depois das investigações feitas pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Polícia Civil é que será possível determinar mais detalhes do que teria acontecido no local. A investigação aponta para um caso de feminicídio. Eliezer Amaral estava desaparecido há cerca de 20 dias. Por volta das 13 horas, o corpo dele foi encontrado debaixo de uma carreta. O veículo e o cadáver estavam na rotatória do Km 6 (Nova Marabá). O homem era lotado no Fórum Eleitoral de Marabá.

Menino de 3 anos desaparecido

No momento do acidente, de acordo com um amigo da família, a criança estava com o pai às 2 horas da madrugada. Ambos foram dar um passeio de moto aquática. Foi durante esse programa que o menino desapareceu. Nas primeiras buscas pela criança, familiares e amigos usaram rede de arrasto e rabetas. O superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, delegado Vinícius Cardoso das Neves, informou, na tarde do dia 16, que o pai do menino foi conduzido à Seccional de Polícia Civil, na noite do dia 14, data do acidente. 

image Imagem meramente ilustrativa (Agência Pará/Divulgação)

O homem, identificado como Luciano Alves Ferreira, foi submetido ao teste do etilômetro, realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que confirmou a ingestão de bebida alcoólica. Além disso, na unidade policial, foi constatado que Luciano não possuía permissão nem habilitação para pilotar qualquer tipo de embarcação. As buscas dos bombeiros encerraram no dia 23 de junho. A procura pela criança durou oito dias. 

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