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Marabá: mãe afirma que criança teria sido abusada na escola

O caso foi denunciado na última quinta-feira (2), mas somente nessa semana veio à tona

Tay Marquioro

O caso de um suposto abuso sexual praticado contra uma menina de cinco anos de idade vem repercutindo entre a população de Marabá. Essa semana, a mãe da criança manifestou a suspeita de que o episódio de violência teria ocorrido dentro da escola em que a menina. “Ela não conta em detalhes, mas diz que foi trancada dentro do banheiro. Não diz quem ou como isso aconteceu, ela logo diz que não quer falar no assunto”, relata a mãe.

O caso foi denunciado na última quinta-feira (2), mas somente nessa semana veio à tona. De acordo com informações da mãe da menina, ela foi chamada até a escola sob a justificativa de que a criança teria caído no banheiro e se machucado no vaso sanitário. Na ocasião, ela apenas buscou a filha e levou para atendimento no Hospital Municipal de Marabá onde a mãe teria sido comunicada que a menina tinha um sangramento na região genital.

“Eu cheguei do trabalho em casa, dei almoço para minha filha e dei banho para ela ir à escola. Não vi nada de anormal, então isso só pode ter acontecido na escola”, afirma. “Ninguém sabe me dizer como isso aconteceu, ninguém me dá uma explicação. A diretora sequer me recebeu para conversar”, disse a mãe em conversa com a reportagem de O Liberal.

Procurado, o superintendente regional de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, não comentou o caso e se limitou a informar que a criança já havia sido levada a Polícia Científica, que colheu material e provas para o exame sexológico. A previsão é de que o laudo da instituição seja emitido em até 30 dias e ajude a indicar se, de fato, o fato ocorreu nas dependências da escola.

O caso repercutiu também entre os vereadores de Marabá, mas por um outro aspecto: as fake news. Durante a sessão realizada nesta quarta-feira (8), os parlamentares chamaram atenção para as notícias falsas e acusações infundadas que têm sido divulgadas, principalmente, por meio das redes sociais. “Há fotos de pessoas sendo difundidas como suspeitas e o inquérito sequer foi concluído, ainda não existem suspeitos. Isso é muito grave, porque pode originar um linchamento”, alertou o vereador Coronel Araújo. “A equipe da escola também está sendo vítima desses julgamentos precipitados. As professoras, a diretora, já registraram boletim de ocorrência sobre as ameaças que estão recebendo. Isso não pode acontecer”, disse Vanda Américo.

Por meio da nota, a Polícia Civil informou que perícias foram solicitadas e a vítima passou por escuta especializada. O caso é investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA/Marabá). Já a Prefeitura de Marabá, a quem cabe a gestão tanto da escola quanto do Hospital Municipal, informou que apoia e colabora com as investigações sobre o caso com todas as informações e dados solicitados e só poderá se manifestar oficialmente após os relatórios da perícia e da polícia.

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