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Mandante de assassinato de missionária Dorothy Stang é preso em Altamira

Fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, mais conhecido pelo apelido de "Taradão", foi condenado a 30 anos de reclusão

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, mais conhecido pelo apelido de "Taradão", foi preso na tarde desta terça-feira (16), na cidade de Altamira, sudoeste do Estado, condenado pelo homicídio da missionária norte-americana Dorothy Stang. O crime ocorreu no município de Anapu, ainda no sudoeste paraense, em 12 de fevereiro de 2005. Ele é acusado de ser o mandante do assassinato da religiosa. A prisão foi confirmada pela Polícia Civil.

O pedido de prisão foi decretado na manhã de hoje, pela 2ª Vara do Júri da Capital, Comarca de Belém, presidida pelo juiz titular Raimundo Moises Alves Flexa. A ordem foi enviada à Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe). A unidade prisional para qual ele será encaminhado ainda não foi informada. 

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro estava em sua casa, situada no bairro Jardim Independente I, em Altamira, quando foi preso por policiais civis da Superintendência Regional do Xingu. 

Habeas Corpus

Em maio de 2018, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu o habeas corpus ao fazendeiro Regivaldo Galvão, que foi preso em setembro de 2017. O decreto de prisão preventiva foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para cumprimento provisório da pena pela morte da missionário Dorothy Stang, em sentença de 30 de abril de 2010, quando ele foi condenado a 30 anos de reclusão, mas aguardava julgamento de recurso em liberdade.

No dia 19 de fevereiro de 2019, a 1ª turma do STF, presidida pelo ministro Luiz Fux, indeferiu a ordem e revogou a liminar anteriormente deferida, determinando o cumprimento da decisão do STJ.

Além de Regivaldo, outros quatro acusados foram julgados e condenados a penas que variam de 17 a 27 anos de reclusão. Foi compravada a participação deles, alguns executores, outros mandantes. A missionária foi morta a tiros.

Os julgamentos começaram um ano após os assassinatos, em 2006. De acordo com a investigação da Promotoria, Dorothy defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas. Essas terras eram reivindicadas por fazendeiros e madeiros da região, o que gerou conflito por terra. Ainda segundo a promotoria, essa teria sido a motivação do crime.
 

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