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Mãe de paraense morta pelo ex nos EUA luta pela guarda do neto: 'É um pedaço de mim'

Após o crime, a guarda da criança foi oferecida aos pais de Dheraldy, no entanto, o casal alegou não ter condições de ficar com o neto

O Liberal

Franciane Pereira, mãe da paraense Melyssa Pereira da Costa, morta pelo ex-marido no último dia 19 de novembro, na cidade de Danbury, nos Estados Unidos, enfrenta um doloroso drama envolvendo a guarda de seu neto, que morava com o casal.

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Após o crime, a guarda da criança foi oferecida aos pais de Dheraldy. No entanto, o casal alegou não ter condições de ficar com o neto, segundo Franciane. A mãe de Melyssa quer a guarda, mas, como o menino nasceu nos Estados Unidos e não possui registro no Brasil, ela enfrenta uma série de dificuldades para pedir a guarda do menino.

Melyssa e Dheraldy, ambos paraenses, haviam se conhecido em Parauapebas e decidiram viver em Danbury a partir de 2020, onde já residiam os pais dele. Contudo, a relação teve um fim repentino quando Melyssa decidiu encerrar o casamento. O ex-marido não aceitou a separação.

A tragédia culminou na descoberta dos corpos de Melyssa e Dheraldy em 20 de novembro, na casa da vítima. Agora, o destino do filho recém-nascido do casal está em jogo. Os pais de Dheraldy recusaram a guarda, deixando Franciane desesperada para assegurar a custódia do neto.

Ela falou com a Redação Integrada de O Liberal sobre o drama que vem enfrentando: "Disseram que alguém da família tem que pedir a guarda. Os avós de lá já disseram que não têm condições. Procuraram uma prima dele para ficar com a guarda, mas ela também não tem condições. Se ela falar na Corte que não quer a guarda, vão dar para adoção. Estou desesperada", disse.

Franciane buscou a Defensoria Pública da União, mas a ausência de registro da criança no Brasil e nos EUA torna a situação complexa. Ela apela às autoridades em busca de ajuda, ressaltando as diferenças nas leis: "A regra de lá é totalmente diferente daqui, pra eu pegar a guarda dele teria que ter no mínimo dois anos morando lá legalmente, é muita burocracia e não sei a quem pedir ajuda. Ele é um pedacinho de mim. Perdi minha filha e agora não vou ter a alegria de ficar com meu neto. Tudo isso está sendo um filme de terror", desabafou Franciane.

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