Polícia Civil prende líder do Comando Vermelho em Belém
Maximiliano, vulgo 'Lampião', estava escondido em apartamento no centro da cidade. Na ação também foram apreendidos cerca de 600 quilos de droga, que estavam em um sítio de Benevides
Um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, que atuava no Estado do Ceará, foi preso na manhã desta terça-feira (16), em Belém. Identificado apenas como Maximiliano, vulgo "Lampião" ou "Gordo", o criminoso estava escondido em um apartamento no bairro do Umarizal, junto com um comparsa, que também foi preso. Além dos dois, outros três membros da facção foram presos em flagrante, com cerca de 600 quilos de cocaína e óxi escondidos em um sítio, em Benevides.
A prisão foi realizada em uma ação conjunta da Polícia Civil dos Estados do Pará e Ceará, a partir da identificação de Maximiliano, que estava foragido da justiça e tentando se estabelecer na região metropolitana de Belém. Inicialmente, foram cumpridos dois mandados de prisão, incluindo o do líder da facção. Depois de interrogatórios, os investigadores conseguiram chegar aos outros três traficantes, que estavam com grande quantidade de droga.
"Através da nossa inteligência, conseguimos descobrir onde estava essa droga. Era um sítio em Benevides. A nossa equipe se deslocou para lá e conseguiu dar voz de prisão em flagrante para os três elementos que estavam guardando as drogas", explicou o Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Rezende, em coletiva de imprensa. No total, foram apreendidos cerca de 600 quilos de cocaína e óxi, avaliados em cerca de R$ 9 milhões.
Droga seria distribuída no Pará
Segundo Rezende, a droga apreendida com os criminosos seria distribuída entre municípios do Pará, onde a facção tentava se estabelecer no tráfico de drogas. "É uma ordem natural da organização criminosa. Como temos combatido o tráfico, já prendemos seis 'conselheiros finais', como eles chamam, outros grupos tentam se estabelecer para tomar aquele espaço do grupo que está enfraquecido. É um duro golpe no crime organizado", avaliou o delegado.
Agora, a Polícia Civil continuará as investigações para identificar e localizar possíveis integrantes da mesma e de outras facções criminosas que possam estar tentando se estabelecer no Estado. "Essa nossa ação previne vários outros crimes, pois essa droga iria destruir famílias e gerar homicídios e o fortalecimento de milícias. Estamos no propósito de permanecer combatendo as facções criminosas no Pará", concluiu.
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