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Júri decide pela absolvição de acusado de participação na morte de grávida no Paar, em Ananindeua

A jovem foi assassinada com dois tiros na barriga e cinco tiros na cabeça por supostos integrantes de facção criminosa em outubro de 2020

O Liberal
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O Tribunal do Júri decidiu pela absolvição de José Fernando Pinheiro Cavalcante, acusado de participação na morte da grávida Ana Gabrielly Silva de Almeida, de 21 anos, em outubro de 2020. A jovem foi assassinada com dois tiros na barriga e cinco tiros na cabeça por supostos integrantes de uma facção criminosa no Paar, em Ananindeua. Ela estava a dois dias de parir uma menina. A sessão ocorreu no Salão do Júri, no bairro da Cidade Velha, em Belém, na quarta-feira (15).

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À época com 18 anos de idade, José Fernando era usuário de drogas e foi o responsável por repassar aos supostos integrantes da facção Comando Vermelho a localização da vítima. A tese foi confirmada pelo próprio acusado, que afirmou ter sofrido ameaças para revelar o paradeiro da jovem. Ele foi absolvido das acusações de homicídio qualificado e aborto.

Cinco testemunhas, incluindo dois policiais militares, depuseram contra o acusado, sustentando a participação do homem na empreitada. Em depoimento, ele contou que foi em uma boca de fumo na Pratinha II, quando um traficante questionou o paradeiro de Gabrielly. Como ele não quis colaborar, segundo declarou diante do júri, foi ameaçado e obrigado a contar.

Além de José Fernando, outros cinco são acusados pelo crime: Jhonny Corrêa de Souza; Camila Fernanda Barroso, que está presa; Carlos Daniel da Silva Costa; e Daniel da Silva dos Santos; e Ewerton da Silva Cruz. Marlon da Silva Cruz foi morto no curso do processo. Um sexto acusado teve extinta a punibilidade por morte.

Sobre o caso

Ana Gabrielly Silva de Almeida estava a dois dias de dar à luz uma menina, quando foi executada com dois tiros na barriga e cinco tiros na cabeça. Os integrantes da facção acreditavam que a jovem estava repassando informações da organização criminosa a policiais militares, o que fez com que ela se mudasse da Pratinha II para o Paar, em Ananindeua.

Os criminosos, vestidos de garis, invadiram a casa e Carlos Daniel e Daniel da Silva efetuaram os dois primeiros disparos. Na sequência, Ewerton Cruz disparou mais cinco vezes, matando a jovem e seu bebê, ainda na barriga.

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