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Júri de Anajás condena réu de caso a 29 anos de reclusão por morte de menina Amanda Ribeiro

Jobson Miranda foi condenado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver da criança de 11 anos

O Liberal

Jobson da Silva Miranda réu pelo assassinato da menina de 11 anos, Amanda Ribeiro, foi condenado a 29 anos e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, na madrugada desta quinta-feira (06/02), pelo Tribunal do Júri da Comarca de Anajás. O julgamento de Jobson começou por volta das 9h, na Câmara Municipal de Anajás. 

O réu foi condenou pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de uma criança de 11 anos, à época. A sentença também impôs o pagamento de 45 dias-multa. O crime teria ocorrido a mando de uma facção criminosa e chocou a sociedade em 2022. A motivação teria sido uma suposta dívida que o pai de menina teria com traficantes locais. O julgamento movimentou a comunidade de Anajás, município localizado no arquipélago do Marajó.

De acordo com a sentença assinada pelo juiz Leonardo Batista Pereira Cavalcante, os jurados reconheceram que o acusado provocou a morte da vítima, utilizando-se de asfixia, caracterizando um dos elementos qualificadores do homicídio. Além disso, ficou comprovado que o crime foi praticado de forma que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima.

 A análise das circunstâncias do crime também apontou a elevada gravidade dos atos praticados. Segundo a decisão, a vítima foi retirada de seu lar e submetida a uma situação degradante antes de ser morta. O magistrado destacou o impacto emocional causado nos familiares, enfatizando que "perder um filho de tão pouca idade é a pior forma de ser desligado da vida. Quem perde um filho ainda criança não continua entre nós, não morre, mas também não vive mais".

Na dosimetria da pena, a prática de homicídio qualificado resultou em uma condenação de 28 anos de reclusão. Pelo crime de ocultar o corpo da vítima, Jobson da Silva Miranda recebeu a pena adicional de 1 ano e 15 dias de reclusão.

A decisão levou em consideração o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a imediata execução de sentenças proferidas pelo Tribunal do Júri.

Polícia