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Jovem baleada por PM, no Guamá, recebe alta e está em casa

Catharina ainda apresenta limitação nos movimentos, devido à complexidade da cirurgia a que foi submetida

O Liberal

A estudante de enfermagem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, de 24 anos, já recebeu alta e está se recuperando na casa de um amigo da família. A informação foi confirmada à Redação Integrada de O Liberal, nesta sexta-feira (15), pela irmã dela, Débora Palmerin. A irmã da jovem acrescentou, ainda, que Catharina ainda apresenta limitação nos movimentos, devido à complexidade da cirurgia a que foi submetida. 

Débora contou que Catharina recebeu alta após melhoras no estado de saúde. "Está de alta e se recuperando na casa de um amigo meu. Ainda com movimentos limitados, por conta dos 34 pontos da cirurgia", disse a irmã de Catharina.

Catharina foi baleada na barriga durante uma​ tentativa de abuso sexual, no dia 3 de setembro, em uma parada de ônibus, no bairro do Guamá, em Belém. O principal suspeito é um sargento da Polícia Militar do Pará, identificado como Arthur dos Santos Júnior. Ele está preso desde a data do ocorrido e já foi indiciado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado.

O caso

A acadêmica perdeu parte do intestino, por conta do tiro que a atingiu, e apresentou alterações na bexiga, segundo informações de familiares. A família registrou um boletim de ocorrência e contou à Polícia Civil que Catharina estava em uma parada de ônibus na avenida Barão de Igarapé-Miri, próximo à avenida José Bonifácio, entre 14h30 e 15 horas. Nesse momento, o homem se aproximou, passou a cercá-la e chegou e tentou puxá-la, pelos braços, para junto das barracas da feira do Guamá.

Para se defender do ataque, Catharina desferiu um golpe de canivete no agressor. Ele, então, sacou a arma e atirou na mulher, ferindo-a no abdômen. A vítima foi socorrida e está internada no Pronto Socorro do Guamá, onde foi operada. Moradores da área tentaram defender Catharina. Mas o homem apontou a arma para eles, ameaçando-os, e em seguida fugiu. A Delegacia de Crimes Funcionais (DECRIF) investiga o caso. 

Familiares e amigos de Catharina realizaram um ato por justiça para a jovem e pelo fim da violência contra a mulher, no dia 7 de setembro. A manifestação se concentrou em frente à parada de ônibus onde a estudante de enfermagem foi atacada pelo policial militar. Participantes carregavam faixas e cartazes que diziam: "Mexeu com uma, mexeu com todas", "Importunação sexual é crime. Respeitem a vida das mulheres", "Pela vida das mulheres, justiça por Catharina" e "Não à violência contra as mulheres".

Polícia