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Inquérito militar vai apurar responsabilidade de policial que fez esposa refém em Belém, diz PM

O agente da corporação foi preso, ainda na noite de terça-feira (19), quando o caso ocorreu, pelos crimes de sequestro e cárcere privado

O Liberal

A Polícia Militar irá instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar a responsabilidade do servidor da corporação que fez a própria esposa refém sob a mira de uma arma, na noite desta terça-feira (19), dentro do apartamento do casal, em um condomínio na avenida Augusto Montenegro, no bairro do Parque Verde, em Belém. O policial, que não teve a identidade revelada, foi autuado em flagrante e permanece preso, seguindo à disposição da Justiça, conforme relatado pela PM.

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Após negociação, o policial se entregou. O caso será investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam)

Segundo a PM, o agente foi apresentado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), após as negociações que duraram pouco mais de 1 hora. A corporação também reiterou que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta por parte dos agentes”.

Quanto aos crimes que ele foi detido em flagrante, a Polícia Civil comunicou que são sequestro e cárcere privado. “A Polícia Civil informa que um homem foi apresentado na Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Belém, onde o suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de sequestro e cárcere privado. A vítima passou por escuta especializada”.

O crime

Moradores do condomínio relataram que o policial e a esposa teriam chegado ao local junto com o casal de filhos. Neste momento, o militar já estaria tratando a mulher com agressividade. O motivo do desentendimento é desconhecido. Uma moradora teria percebido a ação e conseguiu puxar as crianças de dentro do elevador. Ela ainda teria sido ameaçada pelo agente. O casal teria continuado a subir e, já no interior do apartamento, a confusão ficou mais tensa.

Vizinhos teriam ouvido barulhos vindo do apartamento e resolveram acionar a polícia. Equipes do 24º Batalhão, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) se deslocaram para o condomínio. Foi então que as negociações tiveram início e duraram pouco mais de 1 hora. Moradores contaram ainda que, antes de se entregar, o policial jogou a arma com a qual ameaçava a esposa pela janela do apartamento. Testemunhas não souberam relatar o paradeiro do armamento.

Assim que se entregou, o militar foi colocado em uma viatura e conduzido à Deam, acompanhado por colegas da corporação. Já a esposa dele, foi atendida, ainda no condomínio, pelo serviço de Resgate do Corpo de Bombeiros. Em seguida, ficou sob cuidados de familiares, assim como os filhos.

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