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Influenciadores presos no Pará movimentaram R$ 42 milhões com jogos ilegais, diz polícia

Um dos investigados, segundo a polícia, movimentou sozinho mais de R$ 20 milhões, sendo R$ 1,54 milhão em apenas 60 dias

O Liberal

A Polícia Civil do Pará desvendou um esquema milionário de suposta lavagem de dinheiro vinculado à promoção de jogos de azar em plataformas digitais. A Operação “All In”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17), em Belém, resultou na prisão dos influenciadores digitais Noelle Araújo e Gleison Soares, conhecido como “Mago das Unhas”, e na apreensão de bens de alto valor, como veículos de luxo, celulares e objetos de marcas renomadas. De acordo com as investigações, os envolvidos movimentaram R$ 42 milhões em contas bancárias vinculadas ao esquema criminoso.


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Influenciadores recebiam altos valores para promover “joguinhos” ilegais

As investigações apontam que os influenciadores recebiam altas quantias das plataformas de jogos como pagamento pela divulgação de títulos como o popular “Fortune Tiger”. Um dos investigados teria movimentado sozinho mais de R$ 20 milhões, sendo R$ 1,54 milhão em apenas 60 dias.

Para ocultar a origem ilícita do dinheiro, os suspeitos usavam estratégias clássicas de lavagem, como:

  • Transações fracionadas (valores divididos para evitar suspeitas);
  • Uso de “laranjas” (terceiros que emprestam seus dados para movimentações financeiras).

Mandados cumpridos: prisões e apreensão de bens de luxo

A ação foi coordenada pela Divisão de Combate a Crimes Cibernéticos (DCCCDI), vinculada à Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), e cumpriu:

  • 2 mandados de prisão preventiva;
  • 2 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém.

“Padrão de vida incompatível com rendimentos declarados”, diz delegada

Segundo o delegado Yan Almeida, titular da DCCCDI, as movimentações bancárias foram a chave para desvendar o esquema:

“A partir da comprovação de ilegalidade, representamos à Justiça pelos mandados, que culminaram na prisão dos propagadores e na apreensão de bens como celulares, objetos de luxo e um veículo importado”, explicou o delegado.

Já a delegada Vanessa Lee, diretora da DECCC, destacou a discrepância financeira: “A exibição de um padrão de vida elevado era incompatível com os valores declarados oficialmente, reforçando indícios de ocultação patrimonial”.

Investigados continuaram atividade criminosa mesmo após operações anteriores

A polícia ressaltou que, mesmo com a repercussão de ações anteriores, muitos influenciadores seguiram promovendo jogos ilegais, aumentando o alcance das plataformas e o volume de transações ilícitas.

Próximos passos:

  • Os presos foram encaminhados à Justiça após os procedimentos na delegacia;
  • As investigações continuam para identificar outros envolvidos e o destino final dos recursos.

Polícia