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Indígenas interditam a BR-222, em Marabá, para cobrar a construção de escola

Protesto começou nas primeiras horas desta segunda (20) e provocou engarrafamento gigantesco na estrada

O Liberal

 Para reivindicar a construção de uma escola para suas crianças, indígenas da etnia Gavião interditaram parcialmente, desde as primeiras horas desta segunda-feira (20) até o meio da tarde, a rodovia BR-222, provocando um engarrafamento gigantesco de veiculos, na altura do município de Marabá, no sudeste do Pará. As lideranças do bloqueio informaram que cerca de 120 crianças em idade escolar estudam de maneira improvisada em barracos de madeira, com cobertura de palha. A manifestação foi encerrada após confirmação de reunião com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por volta das 15h. 

A BR-222 chegou a ser interditada parcialmente em dois pontos: KM202, com cerca de 20 manifestantes; KM216, com cerca de 40 manifestantes, como informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que monitorou o protesto. "Foi uma Interdição parcial, com  liberação de idosos, crianças, ônibus/microônibus e veículos de emergência em geral", como repassou a PRF. 

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Dez carros com esse perfil eram liberados a cada 20 minutos. A espera de alguns motoristas para cruzar o trecho da manifestação durou até cerca de quatro horas no congestionamento.

Demanda

A atual escola dos indígenas funciona em uma casa de uma mulher Gavião que faleceu. Mas, isso deveria ser de forma provisória, e desde 2015 eles reivindicam a construção de um prédio adequado para as aulas. No caso, uma escola para abrigar os alunos do Ensino Fundamental

Segundo os manifestantes, na atual situação, em períodos chuvosos, as aulas são interrompidas por semanas, por conta das goteiras. Os manifestantes relataram que já houve ocorrência de incêndio na estrutura improvisada, o que representa sérios riscos às crianças e professores, que atuam por meio de contratos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que vai enviar uma equipe de engenharia até a escola para mapear as necessidades da comunidade escolar indígena, e que a construção da unidade consta no cronograma de prioridades emergenciais da Secretaria. A Seduc ressalta ainda que está em diálogo constante com os indígenas para que juntos possam discutir um cronograma de prioridades na área.

 

 

 

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