Incêndio no Hotel Sagres: família cogita omissão de socorro, diz defesa
Advogado dos familiares de Kedmo Edson aponta demora em socorro à vítima
Familiares de Kedmo Edson Ximenes, de 37 anos, o homem que morreu após cair do oitavo andar de um hotel, em Belém, cogitam a omissão de socorro à vítima. Nesta terça-feira (30), em entrevista ao O Liberal, o advogado Lucas Bogea contou que os funcionários do hotel teriam demorado cerca de 10 minutos para conseguir entrar no quarto que estava em chamas, período em que a vítima pedia socorro e foi para a janela em uma tentativa de conseguir respirar.
“O hotel não conseguiu abrir a porta do quarto em tempo hábil para que o Kedmo conseguisse sair. E esse período foi superior a dez minutos, embora eles tentem alegar que não. Ele ficou pedindo socorro lá de cima”, declara Lucas Bogea.
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O advogado da família de Kedmo relata que, de dentro do quarto, no momento do incêndio, o homem teria feito uma ligação para a esposa pedindo socorro. “Nos momentos finais de vida de Kedmo, em um momento de desespero, ele fez uma vídeo chamada com a esposa, no quarto em chamas, pedindo socorro para ela”, revela Lucas Bogea.
Após a situação, a defesa relata que a família de Kedmo Edson não teria recebido nenhum tipo de apoio por parte do hotel onde o tudo ocorreu. “O hotel veiculou informações falsas relatando que estaria prestando todo o auxílio possível a família da vítima. Essa informação é totalmente equivocada e errada”, afirma Lucas Bogea.
Em nota, a Polícia Civil informou que "apura as circunstâncias do caso e perícias foram solicitadas para auxiliar nas investigações".