Incêndio em prédio da Rua Gaspar Viana deixa 12 famílias desabrigadas; rescaldo segue nesta quinta
As vítimas do sinistro perderam tudo e precisam buscar abrigo na casa de familiares
As vítimas do sinistro perderam tudo e precisam buscar abrigo na casa de familiares
Na manhã desta quinta-feira (14) continua o trabalho de rescaldo no imóvel atingido pelo incêndio de grandes proporções, no bairro da Campina, em Belém. O prédio de três andares, que possui saída tanto para a rua Gaspar Viana, quanto para a Boulevard Castilhos França, era moradia de 12 famílias, cerca de 25 pessoas entre crianças e idosos. As vítimas tiveram que buscar abrigo na casa de familiares após perderem tudo no sinistro.
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As famílias moravam em quartos que eram divididos entre os três andares do imóvel. Além disso, no térreo havia um estabelecimento comercial de venda de acessórios para aparelhos celulares. Segundo a representante da Defesa Civil Municipal de Belém, engenheira Camilla Moura, as pessoas atingidas devem receber apoio dos órgãos municipais.
“A gente reuniu essas famílias ontem à noite, para encaminhar eles imediatamente para a Funpapa, onde poderão verificar o que os órgãos sociais vão iniciar agora com eles. Na verdade, já existia um acompanhamento, já realizamos um procedimento inicial com eles. Agora o trabalho da Defesa Civil, além de encaminhar essas famílias para os órgãos sociais, é fazer a vistoria no imóvel, verificar quanto às questões estruturais e os danos causados decorrentes do fogo”, explica a engenheira.
Conforme a representante da Defesa Civil, ainda não há informações sobre o que poderia ter causado o incêndio. Perícias mais detalhadas poderão ser feitas após a permissão do Corpo de Bombeiros para os técnicos entrarem no local de maneira segura. “A vistoria já foi feita de forma visual, a gente não pode entrar, estamos esperando a liberação pelo corpo de bombeiros, então foi uma vistoria visual, a princípio”, declara.
Durante o trabalho de rescaldo realizado na manhã de hoje (14), o Major Rio Branco, chefe do núcleo de Perícia de Incêndio do Corpo de Bombeiros, informou que a estrutura do imóvel ficou extremamente comprometida devido ao tempo de existência do prédio histórico, o que acaba dificultando a avaliação mais minuciosa para identificar o que ocasionou as chamas.
“A nossa missão aqui, a princípio, era tentar fazer a perícia de incêndio, que é o estudo para tentar chegar às causas do incêndio. Porém a estrutura se encontra bem comprometida e não dá para nós entrarmos lá. Além disso, o local ainda está quente. Ainda há focos de incêndio no local. Então, o trabalho agora aqui é eliminar esses possíveis focos, que é a operação de rescaldo, revirar o entulho que tiver pegando fogo embaixo. E posteriormente, quando o local estiver frio e sem fumaça, vamos retornar aqui na condição de perito e tentar fazer a perícia”, afirma.
Para o Major Rio Branco, é prematuro tentar adivinhar o que teria causado o incêndio. “Consumiu muito material. Então, quanto mais material se consome, mais difícil fica para nós conseguirmos determinar e chegar a causa do incêndio”, explica.
O major ainda comunicou ser impossível afirmar em quantos dias os focos de incêndio serão completamente apagados. “A gente não tem noção da carga de incêndio que está em baixo queimando. Esperamos que ainda hoje a gente elimine eles, mas ainda não temos muita precisão nessa afirmação”, declara.
No início da tarde desta quinta-feira (14), o Corpo de Bombeiros Militar do Pará informou que "todos os focos de incêndios foram extintos, possibilitando o início do trabalho da perícia. O prazo para emissão do laudo é de 30 dias", finaliza a nota.
Um incêndio de grandes proporções destruiu, na tarde de quarta-feira (13), um casarão antigo de três andares e atingiu mais dois prédios na rua Gaspar Vianna, às proximidades da antiga sede do jornal O Liberal, bairro da Campina, em Belém. As causas do incêndio, que teria começado por volta de 16 horas, são desconhecidas e devem ser investigadas pelo Corpo de Bombeiros. Não houve vítimas. Pela entrada do prédio na Gaspar Vianna, integrantes de 12 famílias que residiam no local conseguiram sair antes que o fogo tomasse conta da edificação, construída em alvenaria e com piso de madeira. Profissionais da Defesa Civil Municipal estiveram no local para auxiliar as famílias atingidas pelo ocorrido.Na outra entrada, pela Boulevard Castilhos França, uma loja de telefones celulares, no térreo, foi atingida pelo fogo.